As importações brasileiras cresceram 28,9 por cento em março na comparação com o mesmo mês do ano passado, lideradas pelas compras de bens de consumo, e atingiram 9,532 bilhões de dólares, maior valor mensal da história.
Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta segunda-feira.
As exportações foram as mais elevadas para um mês de março, de 12,855 bilhões de dólares, mas o crescimento na comparação com o mesmo período de 2006 foi menor (18,2 por cento) do que o das importações.
Como resultado, o saldo comercial no mês passado caiu ante 2006 -3,323 bilhões de dólares, ante 3,634 bilhões de dólares no ano passado.
"A perspectiva agora é mesmo que os saldos mensais sejam menores do que em 2006", afirmou a jornalistas o secretário de Comércio Exterior, Armando Meziat.
Em nota, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) destacou que, apesar de a queda do superávit representar uma mudança em relação a 2006, quando o saldo comercial cresceu 2,9 por cento frente ao ano anterior, ela ainda não foi expressiva.
"Para se ter uma idéia, se prevalecer para o resto do ano a queda registrada em março, o saldo comercial brasileiro fecharia o ano em 44 bilhões de dólares, um valor ainda muito significativo", argumentou o Iedi.
Ainda não preocupa
Meziat disse que o fato de a importação de bens de consumo estar liderando a elevação das compras externas não é ainda fator de preocupação. "Será (preocupação) quando o crescimento for avassalador, o que não é o caso", disse Meziat.
Em março, as importações de bens de consumo cresceram 44,6 por cento na comparação pela média diária, enquanto as importações de bens de capital aumentaram 23,3 por cento e a de matérias-primas e intermediários, 33,1 por cento.
No trimestre, o crescimento das importações de bens de consumo foi de 39 por cento, frente a 24,6 por cento de bens de capital e 28,1 por cento de matérias-primas e intermediários.
No ano, a balança acumula saldo positivo de 8,698 bilhões de dólares, com exportações de 33,919 bilhões de dólares e importações de 25,221 bilhões de dólares.
O mercado prevê superávit de 39,45 bilhões de dólares para este ano.
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