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Comércio exterior

Balança tem pior déficit semestral em 18 anos

De janeiro a maio, o comércio de combustíveis acumulou saldo negativo de US$ 11 bilhões | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
De janeiro a maio, o comércio de combustíveis acumulou saldo negativo de US$ 11 bilhões (Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo)

A balança comercial brasileira, que mostra a diferença entre as importações e as exportações do país, registrou superávit de US$ 2,4 bilhões em junho, o triplo do verificado no mesmo mês do ano passado. Apesar do resultado positivo no mês, o saldo comercial no semestre ficou negativo em US$ 3 bilhões, o mais baixo desde 1995, quando registrou déficit de US$ 4,2 bilhões. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC).

A diferença entre os números do comércio exterior brasileiro este ano e em 2012 é gritante. No primeiro semestre do ano passado, o saldo ficou positivo em US$ 7,1 bilhões.

A deterioração nos dados deve-se principalmente a dois fatores: o registro em atraso neste ano de US$ 4,5 bilhões em importações de combustível feitas pela Petrobras no ano passado e a queda nas vendas de commodities importantes, como petróleo.

A expectativa do próprio governo era que as operações da Petrobras fossem todas contabilizadas até março, o que não aconteceu. Ao final de maio, ainda faltavam cerca de US$ 700 milhões a serem registrados nas contas da balança.

Sem apresentar números, a secretária de Co­mércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, espera um superávit comercial para o ano, apesar de saber que será "bastante inferior" ao resultado de 2012. No ano passado, o superávit comercial somou US$ 19,43 bilhões.

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