A balança comercial brasileira teve superávit (exportações maiores que importações) de US$ 1,168 bilhão em agosto. Trata-se do sexto resultado positivo consecutivo em 2014. No acumulado do ano, a balança está superavitária em US$ 249 bilhões. De janeiro a agosto de 2013, havia déficit de US$ 3,7 bilhões. Apesar de positivo, o saldo de agosto é o menor para o mês desde 2001, quando houve superávit de US$ 634,2 milhões.
O resultado no mês deveu-se a US$ 20,465 bilhões em exportações e US$ 19,297 bilhões em importações. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (1°) pelo Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e de Comércio Exterior. Do lado das exportações, a média diária, que corresponde ao volume negociado por dia útil, ficou em US$ 974,5 milhões, 0,1% superior à registrada em agosto de 2013 e 2,6% menor que a de julho deste ano. Nas importações, a média ficou em US$ 918,3 milhões, 0,1% superior à do mesmo mês do ano passado e 1,5% inferior à de julho de 2014.
Os principais responsáveis pelo aumento da receita com exportações em agosto foram os produtos manufaturados, cuja média diária negociada cresceu 3,8% ante o mesmo mês do ano passado. O item de maior valor foi uma plataforma de extração de petróleo, cuja negociação somou US$ 1,1 bilhão. A operação envolvendo a plataforma é considerada exportação ficta, sendo registrada como exportação sem que o produto deixe o território brasileiro. Ainda nesse grupo, aumentaram os ganhos com laminados planos, óleos combustíveis, tubos de ferro fundido, óxidos e hidróxidos de alumínio, polímeros plásticos, máquinas para terraplanagem e medicamentos.
No grupo dos básicos e semimanufaturados, houve queda da média diária, respectivamente de 3,3% e 1,8%. Na categoria dos itens básicos, diminuíram ganhos com milho em grão, minério de ferro, soja em grão e fumo em folhas. Já nos semi-industrializados, retrocedeu a arrecadação com açúcar bruto, celulose e alumínio bruto.
Do lado das importações, cresceram as aquisições de combustíveis e lubrificantes (30,6%), mas caíram as compras brasileiras de bens de consumo (8,2%), bens de capital (7,3%) e matérias-primas e intermediários (1,1%).
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