Os bancários entregarão na sexta-feira (12) à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) sua pauta de reivindicações para aumento salarial e de benefícios para a categoria. Os trabalhadores do setor pedem reajuste total de 12,8% no dia 1º de setembro, data-base da categoria, sendo 5% de aumento real. Eles também reivindicam recebimento de três vencimentos mais R$ 4.500 na Participação de Lucros e Resultados (PLR) e piso de R$ 2.297,51. A partir da entrega do documento os trabalhadores e os representantes patronais irão elaborar um calendário de negociação.
A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, afirma que a categoria ainda exige a criação de um plano de carreira e salários para todos os funcionários de bancos. "Hoje isso é uma caixa preta em muitos bancos privados", diz, ao lembrar também que as reivindicações incluem reajuste nos vales alimentação e refeição e auxílio para creche e educação. Além disso, os bancários querem discutir a política de metas das empresas, que ela julga serem "impossíveis" de atingir. "Em alguns bancos privados o emprego do trabalhador depende do cumprimento dessas metas. No setor público, as bonificações estão atreladas às metas", explica.
Para Juvandia, os bancos têm plenas condições de atender a demanda da categoria tendo em vista o "crescimento gigantesco" de seus lucros. "Se analisarmos os resultados dos lucros dos bancos no primeiro semestre todos mostraram aumento. Foi um crescimento gigantesco. O que a gente espera é o reconhecimento do funcionário", afirma. "Nos queremos resolver nossa demanda na mesa de negociação, mas a categoria está mobilizada. As empresas estão num setor altamente lucrativo e podem muito bem atender a esses pedidos", completa.