Depois de 23 dias, a greve dos bancários em Londrina chegou ao fim. Em assembleia na tarde desta sexta-feira (11), os trabalhadores aceitaram a proposta feita pela Federação Nacional dos Bancários (Fenaban). O atendimento nas agências volta ao normal na próxima segunda-feira (14).
A primeira votação foi feita para a proposta ampla a todos os bancários. Por maioria, os bancários aprovaram o reajuste de 8% (aumento real de 1,82%) nos salários, 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR.
Na segunda rodada de votação os bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal analisaram as propostas individualmente. Após decisão da maioria, o fim da greve para essa categoria também foi aprovado. Os detalhes das propostas de cada banco estão disponíveis no site do Sindicato dos Bancários de Londrina.
Para Wanderley Crivellari, a greve foi considerada uma vitória. "Nós vencemos, principalmente ao fazer com que os bancos oferecessem ganhos reais acima da inflação. Quebrar essa lógica, que vinha sendo praticada há anos, é, sem dúvida, uma vitória", disse. Essa foi a segunda maior greve da categoria nos últimos 10 anos em 2004 a paralisação durou 30 dias.
Segundo informações do Sindicato dos Bancários de Londrina, a greve atingiu 90,3% da categoria na base local. Cerca de 2,1 mil bancários aderiram à greve, paralisando 120 agências e sete Postos de Atendimento Bancário (PABs) em Londrina e região.
Diante da dura resistência do Comando, os bancos recuaram da exigência de que os funcionários compensem todos os dias de greve em 180 dias. A proposta de compensação será a mesma do ano passado e os bancários vão compensar duas horas diárias até 15 de dezembro.
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