Os bancários entrarão no quarto dia útil de greve nesta terça-feira (10), pelo menos no Paraná. A decisão foi tomada pela categoria em uma assembléia no fim da tarde desta segunda (9). Segundo um dos secretários do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Eustáquio Moreira dos Santos, "a manifestação continua em decorrência da intransigência dos patrões de não apresentarem propostas".
Em São Paulo também acontecem reuniões com representantes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal que devem invadir a noite. A categoria espera que a Fenaban aceite a proposta dos bancários para pôr fim à greve nacional. O objetivo é discutir questões específicas como benefícios e plano de cargos e salários. "Temos essas duas reuniões já confirmadas, mas estamos mesmo aguardando a conversa com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)", disse Antônio Luiz Fermino, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região metropolitana.
Enquanto Fenaban e bancários negociam, 209 agências do Paraná amanheceram fechadas nesta segunda-feira (9): 125 em Curitiba, 45 em Londrina, 145 em Apucarana, dez em Cornélio Procópio, nove em Campo Mourão e seis em Umuarama. Além das agências há oito centros administrativos de cinco instituições financeiras: HSBC (Hauer e Palácio Avenida); Caixa (Carlos Gomes e Conselheiro Laurindo), Banco do Brasil (Tiradentes e Central de Atendimento de São José dos Pinhais); Itaú (João Negrão); e Bradesco (Marechal Deodoro, equina com Monsenhor Celso). A estimativa é de que aproximadamente 10 mil bancários tenham cruzado os braços nesta segunda somente em Curitiba e região. Transtornos
Como mostrou uma reportagem do ParanáTV, as filas nas lotéricas estão crescendo, pois é a única opção que a população está tendo para pagar contas e sacar dinheiro. Nem mesmo o auto-atendimento está funcionando. "Não culpo eles, mas todo mundo sai prejudicado", afirma Leonice Pereira, que esperou uma hora até poder ser atendida na lotérica.
Segundo a secretária de imprensa e comunicação do sindicato dos bancários, Sonia Regina Sperandio Boz, existe a expectativa de que sem caixa automático a greve possa terminar mais rapidamente. "A gente entende que se deixar o auto atendimento funcionando essa greve pode se tornar de tempo indeterminado em infinito. Não queremos que aconteça como em 2004 que foram 28 dias de greve".
Reivindicações
A categoria reivindica um reajuste 2,85% e adicional por produtividade de 7,05%. Além disso, a categoria quer um salário de PLR, mais um adicional de R$ 1.500.
Início da greve
Depois de passar uma semana fechando, no período da manhã, agências no Centro de Curitiba, a categoria resolveu na última quinta-feira (4), cruzar os braços. A medida é contra a posição da Fenaban que não atende às reivindicações dos bancários.