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Ameaça

Bancários criticam proposta da Fenaban e podem retomar greve a partir de 5ª-feira

O Comando Nacional dos Bancários criticou, nesta quarta-feira, a proposta econômica apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), indicando sua rejeição e a retomada da paralisação - desta vez, por tempo indeterminado - a partir da próxima quinta-feira (5/10).

A decisão do reinício da greve, no entanto, ficará a cargo das assembléias que os sindicatos regionais realizarão um dia antes, na quarta-feira.

— Não aceitaremos nada que não traga aumento real, valorização expressiva da Participação nos Lucros e Resultados, PLR, e uma proposta que reflita o aumento de lucratividade que os bancos tiveram do ano passado para cá — afirmou Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

De acordo com informações da assessoria de imprensa da Contraf-CUT, os bancários de seis estados (Espírito Santo, Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Santa Catarina e Pernambuco, que mantiveram a greve nesta quarta-feira, realizam assembléias para decidir se mantêm a paralisação ou se retomam as atividades até á próxima quarta-feira.

Com a indicação de rejeição da proposta da Fenaban, o Comando Nacional enviará carta para a Fenaban para que seja agendada nova negociação e reformulada a proposta antes das assembléias da próxima quarta-feira.

— Precisamos investir mais ainda na mobilização e preparação para que tenhamos uma greve forte em todo o país, porque essa pressão é a única linguagem que os banqueiros entendem — concluiu Vagner.

Depois de quase cinqüenta dias de negociação, a Fenaban apresentou proposta econômica de 2% de reajuste e PLR de 80% do salário, mais R$ 816 de parte fixa, com mais R$ 500 no caso de o banco aumentar sua lucratividade em pelo menos 25%.

Segundo a Contraf-CUT, a proposta de reajuste é inferior até mesmo à inflação do período, que é de 2,80% pelo ICV Dieese, ou de 2,85% pelo INPC. A PLR também não reflete o aumento da lucratividade do sistema, sem contar que os bancos simplesmente acabaram com o abono de R$ 1.700 sem nenhuma outra compensação.

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