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Bancários da CEF entram no 2º dia de greve e adesão aumenta no Paraná

A greve dos bancários da Caixa Econômica Federal (CEF) chega ao segundo dia nesta quinta-feira (4) em Curitiba e região metropolitana, além de vários municípios do interior do estado. Ao todo, são 3.450 funcionários em greve no Paraná.

Os trabalhadores de Paranavaí, Guarapuava, Campo Mourão e Toledo também decidiram cruzar os braços a partir desta quinta, segundo a Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro no Estado do Paraná (Fetec-PR), que representa 80% da categoria no estado. De acordo com o sindicato da categoria em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, que não é filiado à Fetec, Castro também aderiu ao movimento. Arapoti não aderiu ao movimento, mas está em estado de greve.

Todas as 37 agências da CEF em Curitiba e região estão fechadas. Ao todo, são 2.437 funcionários parados nestes locais. "Pode ser que os auto-atendimentos estejam abertos mas somente para saques", afirma Marisa Stédile, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. De acordo com o sindicato, de 11 municípios da região metropolitana, apenas a Lapa furou a greve e 12 funcionários estão trabalhando.

Os funcionários da CEF têm uma pauta específica e não aceitaram a oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Entre as reivindicações está a isonomia de direitos entre os novos e antigos empregados, como a extensão da licença prêmio, por exemplo. "Os antigos, contratados até 1990 têm, e os novos não têm", explica o diretor de bancos públicos do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e funcionário da CEF, Antonio Luiz Fermino. A CEF passou oito anos sem realizar concursos públicos e a partir de 1998 contratou novos concursados, mas uma resolução do governo de Fernando Henrique Cardoso cortou alguns benefícios aos futuros funcionários.

Segundo Marisa, será realizada uma assembléia às 17 horas desta quinta-feira para avaliar se houve avanços nas negociações que podem ocorrer no encontro entre a direção da Caixa e o comando de greve em Brasília durante o dia. "Esperamos que eles apresentem uma proposta, porque daqui a pouco vai haver insatisfação popular e a responsabilidade não é do sindicato. É da Caixa", avalia Marisa. Os rumos do movimento devem ser novamente definidos em outra assembléia agendada para as 18h30.

Primeiro dia

No primeiro dia de greve, na quarta-feira, além de todas as agências da CEF, duas agências do Banco do Brasil (BB) não fizeram atendimento na capital. Mas até o fim do dia, trabalhadores do BB e dos bancos privados decidiram aceitar a oferta de reajuste feita pela Fenaban, de aumento de 6%, que engloba 4,87% referentes as perdas com inflação e 1,13% de ganho real e 13ª cesta-alimentação no valor de R$ 252,36.

Ao todo, 80 unidades da CEF não funcionaram no estado. Mais de três mil funcionários cruzaram os braços no interior. Entre as cidades atingidas pela greve no Paraná estão: Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Umuarama, Toledo, Londrina, Cornélio Procópio, Apucarana, Arapongas, Jandaia do Sul, Ivaiporã, Bandeirantes, Cambará, Jacarezinho, Santo Antonio da Platina, Pitanga, Cambé, Rolândia, Ibiporã, Porecatu, Assaí, Paranavaí, Guarapuava, Campo Mourão, Toledo e Castro.

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