Mais de 1,3 mil bancários da base de São Paulo e Osasco aprovaram greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira, após rejeitarem, em assembléia realizada nesta quarta-feira na Quadra dos Bancários, a proposta de reajuste salarial de 2,85% oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na negociação de terça-feira.
Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a greve começará nas ruas do Centro, irá para a Paulista e se estenderá para os demais bairros.
O objetivo é dar visibilidade à categoria e forçar uma nova rodada de negociação com a Fenaban, com aumento real e melhora no valor da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) disse o presidente do sindicato Luiz Cláudio Marcolino.
A categoria, que tem 400 mil trabalhadores no país e 106 mil na base de São Paulo e Osasco, reivindica, além da reposição da inflação, 7,05% de aumento real, e Participação nos Lucros ou Resultados de 5% do lucro líquido distribuído igualmente entre os trabalhadores, mais um salário bruto e R$ 1,5 mil. A data-base é 1º de setembro.
No dia 26, os bancários fizeram paralisação nacional de 24 horas. Após isso, a Fenaban ofereceu 2% de reajuste, e valor da PLR nas mesmas regras do ano passado: 80% do salário mais R$ 816 (com a aplicação do índice). A novidade foi o adicional de R$ 500, para funcionários de bancos que tiverem lucro líquido superior a 25%, em relação a 2005.
Na reunião de terça-feira, convocada a pedido do Comando Nacional dos Bancários, além dos 2,85%, a Fenaban ofereceu os 80% do salário mais R$ 823 de PLR, e subiu o adicional para R$ 750, para funcionários de bancos com lucros 20% maiores que no ano passado.
Nesta quinta-feira, às 17h, a categoria fará passeata que sairá da Praça Patriarca e percorrerá as ruas do Centro para avaliar o movimento e decidir se a greve continua na sexta-feira.
Para os consumidores, a Fenaban recomenda que, nos dias de greve, utilizem caixas eletrônicos, telefone, internet ou correspondentes bancários (lotéricas e estabelecimentos comerciais) para fazer pagamentos. Marcolino lembra também que haverá plantões de atendimento em algumas agências para os aposentados que forem receber os benefícios.