Os bancários devem recusar em assembleias previstas para a próxima quinta-feira (1.º) a proposta de reajuste abaixo da inflação feita pela federação dos bancos e marcar greve a partir do dia 6 de outubro.
A negociação ocorreu nesta sexta (25) com o Comando Nacional dos Bancários, que indicará a rejeição da contraproposta nas assembleias que serão realizadas em todo o país.
A proposta dos bancos prevê 5,5% de reajuste com R$ 2.500 de abono fixo. A categoria pede reajuste salarial de 16%, sendo 5,6% de aumento real e 9,88% referentes à perda da inflação.
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Leia a matéria completaPelos cálculos do Sindicato dos Bancários, a “perda real de 4%” significa que um bancário que recebe o salário médio da categoria iria perder no ano R$ 1.983 em relação a uma proposta que apenas cobrisse a inflação.
Segundo Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do comando nacional, esse foi o pior índice oferecido pelos bancos desde 2004.
São mais de 500 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil representados pelo sindicato em São Paulo, Osasco e região.
A categoria recebeu aumento real de 20,07% no período entre 2004 e 2014. No ano passado, foram 2,02% acima da inflação.
PERDA REAL
“Perda real não é condizente com os resultados dos bancos, que tiveram lucro líquido de R$ 36,3 bilhões nos últimos seis meses. As instituições financeiras estão colocando a categoria em greve de forma irresponsável, ao mesmo tempo que cobram juros de mais de 400% no cartão de crédito, prejudicando toda a população”, disse a sindicalista.
“Haverá assembleia dia 1º em todo o país e vamos indicar a rejeição da proposta. Até lá, a Fenaban tem prazo para apresentar uma proposta condizente com os ganhos bilionários dos bancos para os trabalhadores”, completou.
Procurada, a federação dos bancos ainda não se pronunciou sobre as negociações e a ameaça de greve.
Os bancários, com data-base em setembro, entregaram a pauta de reivindicações no dia 11 de agosto. Entre as principais reivindicações da campanha deste ano pedem reajuste salarial de 16%, sendo 5,6% de aumento real, com inflação de 9,88% (INPC); Participação nos Lucros e Resultados no valor de três salários mais R$ 7.246,82 fixos; piso de acordo com salário mínimo do Dieese, de R$ 3.299,66; vales alimentação, refeição, 13.ª cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 788); 14.º salário; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; e mais segurança nas agências bancárias
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