Um protesto do Sindicato dos Bancários de Curitiba paralisa o atendimento na agência do HSBC no Palácio Avenida, na Rua XV de Novembro, no centro, nesta quarta-feira (30). Os sindicalistas reclamam de uma suposta ocorrência de assédio moral na agência do banco que funciona na Cidade Industrial de Curitiba. O centro administrativo da instituição financeira no Centro também foi fechado pelos manifestantes.

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Cerca de 20 dirigentes do sindicato se posicionaram em frente à agência e impedem a entrada de funcionários e clientes. Todos que tentam ir para dentro do prédio são orientados a procurar outras agências, inclusive os correntistas que buscam atendimento nos caixas eletrônicos. O conselho é para que seja procurada uma das agências que ficam na região central, próximas ao local da manifestação, e que operam atendimentos normalmente nesta quarta-feira (30).

A paralisação é fruto de uma negociação que ocorre desde a última quinta-feira (24). Funcionários da agência do HSBC na Cidade Industrial de Curitiba reclamam do tratamento que vêm recebendo do gerente do local. Segundo o sindicato, há uma cobrança excessiva por metas e práticas que extrapolam os limites das relações profissionais.

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"O gerente lá da agência vem pressionando os funcionários, tratando mal os colaboradores. Levamos para a direção do banco a situação desde o mês de abril de 2012. Há relatos até de que ele demitiu uma funcionária na frente do cliente. Pressionamos o banco para que tome uma atitude com a paralisação desde quinta-feira [dia 4], e o banco entrou com uma liminar na Justiça para proibir a manifestação", diz Carlos Alberto Kanak, diretor do sindicato.

A manifestação deve continuar ao longo do dia, segundo Kanak. No fim desta quarta, haverá uma avaliação para definir os próximos passos do movimento. Não está descartada uma nova paralisação nesta quinta-feira (31), de acordo com os dirigentes da entidade sindical.

Outras reivindicações

Os funcionários aproveitam o protesto no Centro para reivindicar uma mudança nas regras do plano de saúde. Segundo eles, a prestação do plano para os familiares dos empregados aumentou. Além disso, a coparticipação – percentual pago pelas consultas e procedimentos com cobertura pelo benefício – subiu de 10% para 15%, a ser paga desde a primeira consulta, e não mais a partir da 7ª consulta, como era anteriormente. A mensalidade foi extinta aos colaboradores, mas a avaliação do sindicato é de que o fato de não haver cobrança mensal implicará perda de vínculo com o beneficio.

Nota do HSBC

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Em nota, o HSBC relatou que "respeita o direito democrático de manifestação dos sindicatos, mas não comenta publicamente as reivindicações, pois há comitês permanentes para a discussão destas questões."