Os bancários de Curitiba e do interior do Paraná aprovaram nesta quinta-feira (1.º) o indicativo de greve da categoria, que irá cruzar os braços a partir da próxima terça-feira, dia 6. Além da capital, Cascavel, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Paranaguá e Cianorte estão entre as cidades que aderiram ao movimento.
A adesão em assembleias segue a decisão do Comando Nacional dos Bancários, que recomendou a rejeição da proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), conforme informaram os sindicatos do estado.
Caso a adesão da categoria seja de 100%, a estimava é que 31,5 mil trabalhadores paralisem as atividades em todo o estado – em Curitiba e região, são 18,5 mil funcionários.
Impasse
O órgão patronal ofereceu aos trabalhadores um reajuste de 5,5%, mais abono de R$ 2.500 que não será incorporado ao salário. Os funcionários, por outro lado, reivindicam um aumento de 16%, sendo 9,88% referentes às perdas com a inflação (INPC) somados a 5,6%.
De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, as instituições financeiras cresceram 27,3% no acumulado dos últimos 12 meses, com lucro no primeiro semestre de R$ 36,3 milhões.
“Mesmo na crise financeira de 2008 os bancos no Brasil não deixaram de ter lucro. No ano passado, o saldo ficou em torno de R$ 55 bilhões só entre as seis principais instituições. Não há justificativa para um índice tão baixo”, afirma o presidente do órgão, Elias Jordão.
Com data-base marcada para setembro, a classe pede uma Participação nos Lucros e Resultados de três salários mínimos, mais R$ 7.246,82 fixos; piso salarial mínimo de R$ 3.299,66, conforme o Dieese; vale alimentação, refeição, 13.ª cesta e auxílio-creche e babá de um mínimo (R$ 788); e 14.º salário; entre outros.