Os bancários rejeitaram a nova proposta de aumento salarial e ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado no dia 3. Em reunião realizada ontem, em São Paulo, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) elevou o índice de reajuste de 4,82% para 5,2% (aumento real de 0,38%). A categoria reivindica reajuste salarial de 10,3%, que inclui as perdas com a inflação e mais 5,5% de aumento real.

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O novo porcentual foi oferecido no dia em que os trabalhadores fizeram uma paralisação de 24 horas para pressionar os patrões. Cerca de 80 agências de Curitiba ficaram sem atendimento. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro no Paraná (Fetec-PR) calculam que a adesão chegou a 10 mil bancários em todo o estado, 8 mil deles na capital. Na maioria das agências, não houve bloqueio do acesso aos terminais de auto-atendimento. Na segunda-feira, os bancários se reúnem em assembléia para discutir uma greve a partir de quarta-feira.

Em Curitiba, a paralisação foi iniciada na região central – principalmente na rua Marechal Deodoro, onde há mais de 10 agências de diversos bancos – e se estendeu para os bairros no início da tarde. No interior, os municípios com maior adesão à greve foram Londrina, Cornélio Procópio e Apucarana (no norte), em Campo Mourão e Paranavaí (no noroeste) e em Guarapuava (na região central).

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O secretário de finanças do sindicato, Otávio Dias, diz que o acesso dos clientes aos caixas automáticos só foi permitido por se tratar de uma sexta-feira, dia em que a movimentação nas agências é maior. "Não quisemos prejudicar quem precisava de atendimento com urgência", explica. Mas o atendimento eletrônico não consegue eliminar todos os possíveis transtornos gerados por uma greve. "Queria descontar um cheque e tinha de ser nesta agência", conta a secretária Edna Sassi, que encontrou o Banco do Brasil da Praça Tiradentes, em Curitiba, sem atendimento. "Agora, vou ter de depositar o cheque no caixa automático e esperar a compensação", reclama.