Os bancários de todo o Brasil entram em greve por tempo indeterminado a partir da zero hora de hoje, após negociação frustrada com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) durante este fim de semana. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e da Região Metropolitana realizaram Assembleia Geral Extraordinária na noite de ontem, na sede cultural do sindicato, no bairro Rebouças, para organizar a paralisação na região.
INFOGRÁFICO: Veja como ter serviços bancários durante a paralisação
De acordo com dados de junho deste ano, atualmente são 18.013 bancários em Curitiba e Região Metropolitana, distribuídos em 533 agências. No Paraná, a categoria contabiliza 31.073 profissionais. O sindicato não soube informar qual a taxa de adesão à greve e disse que irá precisar o número somente pela manhã de hoje.
Ainda segundo a categoria, as primeiras agências a fechar serão as da região central da cidade. Somente no segundo ou terceiro dia de paralisação é que as agências de outros bairros começarão a ser lacradas pelo movimento grevista.
Negociação
Os bancos ofereceram reajuste salarial de 7,35% e não dedicaram atenção aos outros 120 itens da pauta de reivindicações, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT). Desde 11 de agosto o sindicato nacional da categoria tentava negociar com a Fenaban.
Na reunião entre o sindicato da categoria e os bancos, a Fenaban propôs elevação do índice de reajuste salarial de 7% para 7,35%, e de 7,5% para 8% para os pisos, mas os trabalhadores não aceitaram a proposta. As principais exigências são aumento salarial de 12,5% (5,4% de aumento real e 7,1% de reposição da inflação), piso salarial de R$ 2.979,25, conforme salário mínimo sugerido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e vale-alimentação, refeição e auxílio-creche de R$ 724, além de plano de cargos e carreiras e fim de metas abusivas.
Alternativas
A orientação é que os clientes dos bancos procurem serviços alternativos para efetuar transações financeiras, como lotéricas, farmácias e serviços bancários online e telefônicos. As agências serão fechadas, o que impedirá o usuário de pagar contas na boca do caixa, fazer saques acima de R$ 1 mil e compensar cheques.
No caso de um cliente ter prejuízo, uma das ações possíveis é procurar a ouvidoria dos bancos. Se a falta de resposta da instituição financeira persistir, o consumidor deve procurar o Procon.