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Bancos

Banco BVA pede falência na Justiça de São Paulo

A administração do Banco BVA, que está sob liquidação extrajudicial desde junho do ano passado, deu entrada nesta quinta-feira (11) ao pedido de autofalência na Justiça Federal de São Paulo. O pedido será analisado pela 1ª Vara de Falências de São Paulo. O liquidante do BVA, Valder Viana de Carvalho, concluiu que não há outra solução para o banco além da falência, que será analisada agora pela Justiça. Até que seja decretada a falência, a equipe de Viana seguirá vendendo imóveis e demais ativos em leilão para pagar os credores.

Com rombo estimado em mais de R$ 1,5 bilhão, o BVA ficou oito meses sob intervenção do Banco Central, que tentava vendê-lo para o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono da concessionária Caoa e único interessado no BVA. Diante do fracasso das negociações, decidiu pela liquidação extrajudicial.

O Fundo Garantidor pagou cerca de R$ 1,3 bilhão em indenizações para cerca de 5.000 investidores do BVA. Tinha direito às indenizações de até R$ 70 mil os investidores pessoa física que compraram CDBs. Os fundos que compraram títulos com garantia especial (DPGE) tiveram indenização de até R$ 20 milhões.

À época da liquidação, o BVA tinha apenas 0,17% dos ativos do sistema financeiro e 0,24% dos depósitos. O banco tinha sete agências nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Desde a intervenção ficaram indisponíveis os bens dos controladores e dos ex-administradores do BVA, que estão sendo investigados em procedimentos administrativos dentro do BC.

Arresto

Em julho, a Justiça de São Paulo decretou o arresto de R$ 1,88 bilhão em bens dos réus envolvidos nas fraudes do banco. Entre os alvos estão imóveis, veículos, aplicações financeiras de Ivo Lodo e José Augusto Ferreira dos Santos, ex-controladores do banco, e do empresário Carlos Alberto Oliveira Andrade, dono da rede de concessionárias de veículos Caoa. No total, são 24 os réus do processo.

Os ex-controladores e ex-executivos do BVA foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo por crimes financeiros que causaram prejuízos a terceiros de R$ 1,5 bilhão. Somando essa cifra com os desvios de R$ 284 milhões a executivos com dinheiros do banco, o rombo foi de R$ 1,88 bilhão.

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