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Bolsas da Europa caem perto de 3% com temor sobre a crise

O principal índice das ações europeias fechou em forte queda nesta terça-feira (4), flertando com a mínima em 26 meses, em meio às discussões entre autoridades europeias sobre bancos sofrerem prejuízos maiores com a dívida grega e ao atraso do pagamento de uma importante parcela de ajuda a Atenas.

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O dólar fechou em forte queda ante o real nesta terça-feira (4), intensificando o movimento nos minutos finais da sessão, em meio à melhora no apetite por risco no exterior e a mais uma intervenção do Banco Central (BC). A moeda norte-americana caiu 1,24%, para 1,8685 real na venda, mínima do dia. Ao mesmo tempo, o dólar ampliava a baixa ante uma cesta de divisas, de quase 1%, com destaque para a valorização do euro. O mercado mostrou intensa volatilidade ao longo do dia: o dólar chegou a subir 0,53% pouco após a abertura, passou a recuar perto do meio-dia, voltou a ganhar terreno ao longo da tarde, para finalmente terminar a sessão nas mínimas do dia. Dois operadores consultados pela Reuters afirmaram que o mercado reagiu principalmente à melhora no exterior, onde as principais bolsas de valores se recuperaram por expectativas de que o Federal Reserve (banco central norte-americano) anuncie mais estímulos para impulsionar a economia dos Estados Unidos. "O mercado anda tão sensível que qualquer sinal de mais estímulo do Fed faz o pessoal reverter posições rapidamente", disse um deles, sob condição de anonimato. Em audiência no Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira, o chairman do Fed, Ben Bernanke, disse que o banco central do país está preparado para tomar medidas adicionais a fim de ajudar a economia, acrescentando que nenhuma opção está descartada. As declarações reforçaram perspectivas de que o Fed possa embarcar num programa de estímulo nos moldes do "quantitative easing", cuja última versão despejou 600 bilhões de dólares no sistema financeiro. Apesar da influência preponderante do exterior, o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, afirmou que a intervenção do BC nesta terça-feira através de um novo leilão de swap cambial também ajudou a manter o dólar em queda. Na operação, o BC vendeu 33.150 contratos, de uma oferta total de até 90.525 papéis, movimentando o equivalente a 1,649 bilhão de dólares. Foi a terceira intervenção desse tipo em três semanas, que de acordo com a autoridade monetária visa conter volatilidade excessiva no mercado. "O que já está bem claro é que o BC definiu um teto para o dólar --1,90 (real)-- e sempre que o dólar ameaçar essa faixa, dá para esperar a atuação do BC", disse Galhardo. O swap cambial é um derivativo que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro. A operação consiste numa troca de rentabilidades: o BC oferece às instituições a variação do dólar e recebe em troca a oscilação da taxa de juros. Uma fonte da equipe econômica disse recentemente à Reuters que, por enquanto, o BC julga que não há falta de liquidez no mercado, o que não justifica uma intervenção através de venda de dólares no segmento à vista.

Bolsa também cai

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) caiu nesta terça-feira (4) 0,21% e fechou em 50.686 pontos. Em 885.011 transações, o pregão movimentou R$ 7,747 bilhões.

Os títulos mais negociados, os preferenciais da Vale, desceram 0,81%, e as ações similares da Petrobras, as segundas mais procuradas, perderam 0,05%. As ações ordinárias do frigorífico Mafrig lideraram as altas com 6,46% e, no outro extremo, os títulos ordinários da Usiminas sofreram uma queda de 5,36%.

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