O Banco Central aumentou para 2,7% a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deste ano. A nova estimativa consta no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (29) pela instituição. A melhora de 1% em relação à previsão divulgada em junho se deve a um crescimento acelerado da economia brasileira no segundo trimestre de 2022, mais expressivo do que o projetado inicialmente pelo mercado financeiro e pelo próprio Banco Central.
“A surpresa no crescimento do segundo trimestre, os resultados iniciais do terceiro e estímulos não contemplados no relatório anterior – notadamente o aumento do valor do benefício do Auxílio Brasil e o arrefecimento da inflação, resultante, em grande medida, da redução de tributos sobre combustíveis, energia e serviços de comunicação – são os principais fatores para a revisão”, diz o documento.
“A evolução dos indicadores mensais e o efeito esperado dos estímulos fiscais recentemente aprovados também sugerem que o terceiro trimestre deve ser mais positivo do que esperado anteriormente. Essas surpresas se refletem em nova revisão positiva para a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, que passou de 1,7% para 2,7%. Para 2023, projeta-se crescimento de 1,0%, sob influência da esperada desaceleração global e dos impactos cumulativos da política monetária doméstica”, aponta o BC.
As projeções para os principais setores da economia nacional neste ano foram revisadas positivamente. A previsão para o crescimento da Indústria em 2022 passou de 1,2% para 2,4%. O setor de Serviços teve um aumento de 2,1% para 3,4%. Comércio subiu de 0,4% para 1,8%. A estimativa de alta da Construção Civil passou de 3,8% para 6,4%. O único destaque negativo ficou para a agropecuária, que teve sua previsão de atividade econômica reduzida de 2,2% para 0%.
Inflação em baixa
Com relação à inflação, o BC destaca que houve um recuo relevante no último trimestre, estimulado pelas medidas tributárias adotadas pelo governo federal. “A inflação acumulada em doze meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), exibiu recuo relevante desde o último Relatório, mas permanece em patamar acima do limite superior do intervalo de tolerância ao redor da meta de inflação. A inflação no trimestre encerrado em agosto foi negativa e se revelou 2,37 p.p. mais baixa do que o antecipado pelo Copom em seu cenário de referência de junho”, destaca o relatório.
“A inflação acumulada em doze meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), exibiu recuo relevante desde o último Relatório, mas permanece em patamar acima do limite superior do intervalo de tolerância ao redor da meta de inflação. A inflação no trimestre encerrado em agosto foi negativa e se revelou 2,37 p.p. mais baixa do que o antecipado pelo Copom em seu cenário de referência de junho”, destaca o relatório.
“O índice de preços ao consumidor recuou especialmente devido às medidas tributárias recentemente adotadas, que não eram incorporadas no cenário de referência do Relatório de Inflação anterior, sobretudo por seu impacto sobre preços de combustíveis e energia elétrica. Por outro lado, a inflação de serviços permanece resistente, em meio a resultados surpreendentemente positivos da atividade econômica e do mercado de trabalho. Nesse contexto, as expectativas de inflação, segundo a pesquisa Focus, passaram a ter alívio no ano corrente, mas subiram para 2023, possivelmente refletindo a persistência da inflação de serviços, e para 2024”, mostra o documento.
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