O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (11) corte de 0,75 ponto percentual na taxa Selic. Com isso, os juros caíram de 13,75% para 13% ao ano. É o terceiro corte seguido nos juros desde outubro de 2016, quando o BC iniciou a trajetória de cortes ao diminuir a taxa de 14,25% para 14%. A decisão foi unânime e surpreendeu parte do mercado, que esperava corte de 0,50 ponto percentual.
Veja a evolução da taxa básica de juros desde 2010
No relatório, o Copom destacou que a decisão foi influenciada pelo fato de a inflação ter encerrado o ano de 2016 dentro da meta do governo. “A inflação acumulada no ano passado alcançou 6,3%, bem abaixo do esperado há poucos meses e dentro do intervalo de tolerância da meta para a inflação estabelecido para 2016.” O teto da meta era de 6,5% e foi estourado em 2015.
O comitê também avaliou que a inflação deve convergir para a meta de 4,5% em 2017 e que isso também contribuiu para o corte mais expressivo de 0,75 ponto percentual. “O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e, com peso gradualmente crescente, de 2018, é compatível com intensificação da flexibilização monetária em curso.”
O Banco Central, segundo o relatório, chegou a pensar em diminuir os juros em 0,5 ponto percentual, como era esperado pelo mercado. Mas, diante do cenário de desinflação e atividade econômica aquém do esperado, o banco decidiu acelerar o ritmo do corte de juros já na primeira reunião do ano.
Trajetória
A inflação começou a perder força no segundo semestre de 2016, influenciada pela baixa atividade econômica, queda das cotações do dólar e por um comportamento melhor dos preços dos alimentos. Com isso, o Banco Central começou em outubro o atual ciclo de redução dos juros. Foram dois cortes de 0,25 ponto percentual, o que levou a Selic para 13,75% ao ano no fim de 2016.
Na primeira reunião realizada neste ano, após a divulgação que a inflação oficial fechou o ano em 6,29%, dentro da meta do governo, o Banco Central optou por um corte mais agressivo, de 0,75 ponto percentual.
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