De acordo com o relatório do Banco Central, a alta na projeção do PIB em 2022 refletiu a “elevação na previsão para o setor de serviços, parcialmente compensada por recuo nas estimativas para agropecuária e indústria.| Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
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O Banco Central (BC) revisou a projeção de crescimento da economia do país neste ano de 2,7% para 2,9%. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) consta no Relatório de Inflação divulgado nesta quinta-feira (15). Já para 2023 a previsão de crescimento do PIB permanece em 1%. De acordo com o relatório, a alta na projeção do PIB em 2022 refletiu a “elevação na previsão para o setor de serviços, parcialmente compensada por recuo nas estimativas para agropecuária e indústria”.

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“A projeção da agropecuária foi alterada de estabilidade para recuo de 2%, refletindo, principalmente, o resultado do terceiro trimestre”. O relatório acrescenta que o recuo na comparação com o trimestre anterior surpreendeu o BC, que “esperava um resultado positivo, influenciado pela base relativamente fraca do segundo trimestre – ainda sob impacto da quebra parcial da safra de soja, cultura com colheita concentrada nos dois primeiros trimestres do ano – e por altas na produção de laranja e de algodão, culturas com participação expressiva no terceiro trimestre”.

Para 2023, a projeção de crescimento foi influenciada pela “manutenção da perspectiva de arrefecimento na demanda interna e nos componentes mais cíclicos da oferta”. O relatório diz ainda que “discussões sobre o orçamento de 2023 apontam para maior expansão dos gastos primários [gastos relacionados aos serviços públicos, sem considerar pagamento de empréstimos] do que a prevista na legislação atual, em especial os associados a transferências às famílias [como o Bolsa Família]”.

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Inflação maior neste e no próximo ano

No mesmo relatório, o Banco Central aponta para uma pequena elevação na estimativa da inflação neste e no próximo ano. A previsão para 2022 passou de 5,8% para 6%. Já para 2023 a estimativa passou de 4,6% para 5%.

Segundo o BC, a probabilidade de a inflação ultrapassar o limite de tolerância da meta está próxima de 100%, neste ano, e 57%, em 2023. A meta de inflação, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), para 2022, é 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Dessa forma, a inflação, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), poderia ficar entre 2% e 5% neste ano.

No relatório, o BC diz que o Comitê de Política Monetária (Copom) “se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”. Com informações da Agência Brasil.