O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou há pouco a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano, conforme amplamente esperado pelo mercado.
A decisão foi unânime. Todos os 41 economistas e instituições consultados pela agência internacional Bloomberg previram a Selic estável nesta reunião. É a sétima vez consecutiva em que o Copom decide que a taxa deve permanecer inalterada.
A reunião ainda contou com o atual presidente do BC, Alexandre Tombini. O economista Ilan Goldfajn, indicado para o posto, foi aprovado somente nesta terça-feira (7) pelo Senado, o que o impediu de participar deste encontro.
Sinais de aceleração da inflação tornam improvável uma redução da Selic no curto prazo. O IPCA, índice oficial do país, foi de 0,78% em maio, acima da taxa registrada em abril (0,61%), segundo o IBGE. Foi o índice mais alto para o mês desde 2008, quando havia subido 0,79%. Em maio do ano passado, o índice havia sido de 0,74%.
O último boletim Focus, do Banco Central, voltou a indicar que a inflação continuará pressionada neste ano. As estimativas de economistas ouvidos pelo BC é de que o IPCA encerre 2016 a 7,12%, contra estimativa de 7,06% na semana passada. Há quatro semanas, a previsão era de 7%.
A expectativa dos mesmos economistas é de que a Selic fique em 12,88% em 2016, mesma previsão da pesquisa Focus anterior.
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