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O Banco Central (BC) publicou um vídeo nas redes sociais para esclarecer informações sobre as mudanças na fiscalização das transferências via Pix. Na publicação bem-humorada e cheia de "memes", o banco tenta passar uma mensagem informativa por meio de uma linguagem desconstruída e moderna. Mas a abordagem não agradou a internautas e nem parlamentares.
A produção utiliza o hit musical "Descer para BC", que faz referência a Balneário Camboriú e fez sucesso no final do ano, como um trocadilho para a sigla da autarquia. "BC Sincero na área para aliviar o coraçãozinho de quem desceu pro BC com a cabecinha cheia de fake news sobre cobrança de taxa no Pix e fim do sigilo bancário das suas finanças", diz a legenda da publicação.
A medida anunciada pela Receita Federal e que aumentava a fiscalização sobre transferências via Pix acima de R$ 5 mil, foi revogada pelo governo federal nesta quarta-feira (15), após a repercussão negativa da decisão. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ainda que a Advocacia-Geral da União (AGU) seria acionada com a intenção de identificar e punir supostos "propagadores de fake news" sobre o tema.
O publicação do Banco Central faz parte da série “BC Sincero”, uma estratégia de comunicação lançada pelo banco no ano passado, que tenta abordar temas relacionados ao órgão de forma descontraída nas redes sociais. O vídeo publicado nesta quarta, contudo, foi alvo de críticas na internet. A senadora Damares Alves (Republicanos) também criticou a publicação, que classificou como "absurda":
Parlamentares da oposição como Marcel van Hattem (Novo-RS), Gustavo Gayer (PL-GO) e Bia Kicis (PL-DF), fizeram críticas ao vídeo. "Meu Deus, que coisa inacreditável! Que nível baixíssimo. Mas é a cara desse governo mesmo, dessa gente desclassificada que debocha do povo brasileiro", escreveu Kicis em uma publicação no X.
Até o economista Gil do Vigor, um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), criticou a abordagem do vídeo. "Isso aqui não é uma comunicação séria e transparente. O Banco Central de um país como o Brasil, que possui uma importância significativa na economia mundial, não pode se comunicar dessa forma. Muito errado!", escreveu.
