O Banco Central (BC) já recolheu este ano, até abril, 96,4 mil cédulas de real falsificadas. A maior parte delas no Rio de Janeiro (26 mil) e São Paulo (10,7 mil). Em todo o ano passado, foram tiradas de circulação 509,6 mil notas no país.

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Depois de receber notas falsas, a comerciante Rita Maria Pereira da Cruz, 31 anos, chegou a comprar um aparelho que identifica notas falsas, mas quase não usa o instrumento porque demora para ligar e "atrasa o serviço". Ela contou que recebeu notas falsas de R$ 100, R$ 50 e R$ 10 na lanchonete dela, que só aceita dinheiro como meio de pagamento. Rita ressaltou que as notas falsas são recebidas quando há muito movimento na lanchonete e assim não consegue "dar muita atenção a detalhes" do dinheiro.

O taxista Raimundo Nonato, 50 anos, também enfrenta o problema no dia a dia e, na pressa de guardar a nota e entregar o troco rapidamente para os clientes, por questões de segurança, não consegue avaliar as notas que recebe. Ele já recebeu uma nota falsa de R$ 10.

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De acordo com os dados do BC, a maior parte das cédulas recolhidas são dos valores maiores. Neste ano, até abril, o maior número de notas falsificadas recolhidas foi de R$ 50, no total de 23 mil cédulas no país. Também há muito registro de notas falsas de R$ 100 da primeira (21,8 mil) e da segunda família do real (21,7 mil).

No site do BC há orientações sobre como verificar se o dinheiro recebido é falso. Segundo o BC, ninguém é obrigado a receber notas falsas. Caso haja desconfiança sobre a cédula é possível recusar o recebimento. A orientação para quem já recebeu um nota suspeita de ser falsa é entregar o dinheiro em uma agência bancária que vai encaminhar a cédula para a análise do BC. Não há troca por notas verdadeiras, de acordo com o BC.

Também é possível conferir, pela internet, o andamento da análise das cédulas encaminhadas, com o número do CPF e data de nascimento no caso de pessoas físicas ou CNPJ e CPF do responsável para as empresas.