O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira (19) o balanço de 2008 do Banco Central (BC), consolidado nesta quarta-feira, em reunião da diretoria do banco. De acordo com os números apresentados pelo diretor de Administração do BC, Anthero Meirelles, o lucro do banco no segundo semestre do ano passado foi de R$ 10,172 bilhões, sem considerar os resultados obtidos com reservas e swap cambial.

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Com o resultado do segundo semestre, o lucro do BC em 2008 chegou a R$ 13,345 bilhões. Foi um resultado bem diferente de 2007, quando a instituição registrou um prejuízo de R$ 47,514 bilhões. O desempenho positivo do ano passado se deve aos efeitos da desvalorização do real frente ao dólar que deu um ganho contábil de R$ 153,3 bilhões ao BC

Ele disse que, por força da Lei 11.803, os resultados com reservas e swap cambial não são computados para efeito de balanço, mas são considerados como resultado para transferência ao Tesouro Nacional, pela autoridade monetária. Então, como o BC obteve saldo positivo de R$ 171,4 bilhões com essas operações no segundo semestre de 2008, o total a ser repassado para o Tesouro é de R$ 181,5 bilhões.

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Anthero afirmou que o balanço do BC reflete bem todas as medidas adotadas pelo banco para reduzir os efeitos da crise financeira internacional, que se deteriorou depois da quebra do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers, em 15 de setembro do ano passado.

Segundo ele, o resultado representa principalmente a diferença entre receitas e despesas, com juros incidentes sobre as operações em moeda local, tais como negociações com títulos em carteira e operações compromissadas, bem como a remuneração da conta única do Tesouro e dos depósitos compulsórios que os bancos são obrigados a recolher ao BC.

O diretor do BC disse que o balanço patrimonial, a demonstração do resultado e as correspondentes notas explicativas do BC estão disponíveis no endereço eletrônico do banco na internet (www.bcb gov.br).

O CMN também acolheu três votos do Ministério da Fazenda para ampliação das contratações de crédito no mercado. O primeiro deles altera normas sobre a cobertura de risco de crédito s operações de empréstimo de capital de giro, destinadas s empresas de construção civil.

O segundo voto estabelece linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para operações de crédito no âmbito do Programa de Intervenções Viárias (Provias). O terceiro voto aumenta os limites para contratação de crédito em ações de saneamento ambiental ligadas ao Programa de Atendimento Habitacional (Pró-Moradia) e aos projetos multissetoriais integrados (PMI).

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