Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
projetos

Banco de fomento terá fundo com foco em Brasil

O CAF, banco de fomento da América Latina, ainda é bem desconhecido no Brasil, mas já tem tamanho na região comparável ao Banco Mundial e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID): somente no ano passado emprestou US$ 11,7 bilhões para projetos de 20 países, ou cerca de R$ 45 bilhões. O Brasil abocanha cerca de 8% deste total, mas o valor deve crescer, pois o CAF quer criar fundos de investimento em infraestrutura no país.

—Estamos criando um fundo de investimento no Brasil para atrair recursos de outros países e financiarmos a infraestrutura. Será um fundo que terá recursos nossos, provavelmente do BNDES, mas que será independente de nossos bancos. Também terá recursos da China, dos EUA, dos fundos de pensão de diversas partes do mundo — afirmou Enrique Garcia, presidente do CAF.

Ele contou que o banco de fomento já utiliza esses fundos. Começou na Colômbia e hoje já há modelos semelhantes no Uruguai e no Peru. Ele afirmou que o CAF está finalizando os detalhes e que, por isso, não pode precisar o valor dos fundos nem quando eles começarão a funcionar.

Para Garcia, a perda do grau de investimento pelo Brasil não atrapalha os planos de crescimento do banco no país. Pelo contrário: ele vê mais oportunidades de atuação conjunta e não apenas em infraestrutura, mas no financiamento a empresas, governos e em projetos de inovação e transformação de cadeias produtivas.

— Nós somos os banqueiros que oferecem um guarda-chuva quando chove, não adianta oferecer guarda-chuva em dias de sol. Fizemos isso em todos os países em que estamos presentes. Nossa intenção não é só continuar como também fortalecer nossa relação com o Brasil e ajudar no que esteja em nosso alcance neste momento. Claro que não é uma boa notícia que um país da região tenha perdido o grau de investimento, mas isso também não é o fim do mundo — disse.

Menos dependência

Garcia acredita que a região não sofrerá mais com a queda no preço das commodities (produtos básicos com cotação global, como petróleo e minério de ferro), pois acredita que a China continuará crescendo, embora em patamar menor.

— Nossa função é modernizarmos nossas economias, termos mais competitividade para exportarmos bens de maior valor agregado. Só assim conseguiremos ficar mais livres da cotação das commodities. E, com estes equilíbrios, Brasil e região voltarão a crescer no patamar de 3% a 4% ao ano.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.