Compra de carteira de outros bancos fez saldo de empréstimos do BB crescer 52,5%| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Lucro da Vale cai 16% no 4.º trimestre

Afetada pela crise que derrubou a demanda por minério de ferro e metais, a Vale registrou uma queda de 16% em seu lucro líquido no quarto trimestre de 2008. O resultado passou do recorde de R$ 12,4 bilhões no terceiro trimestre de 2008 para R$ 10,4 bilhões nos últimos três meses do ano passado. Ainda assim, na comparação com o quarto trimestre de 2007, o lucro da mineradora cresceu 136%. No acumulado do ano, o resultado ficou em R$ 21,3 bilhões, 6,5% a mais do que o registrado em 2007 e recorde da história da companhia. Não fosse a desvalorização de ativos no exterior, que provocaram uma perda contábil de R$ 8,4 bilhões, o lucro no ano teria sido de R$ 29,7 bilhões.

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São Paulo - O Banco do Brasil lucrou R$ 2,9 bilhões no quarto trimestre do ano passado, 142% a mais do que no mesmo período de 2007. Foi o maior lucro trimestral da história do banco. Apesar da crise, o lucro líquido acumulado nos 12 meses cresceu 74% e ficou em R$ 8,8 bilhões. Os empréstimos cresceram 11%, chegando a R$ 237,2 bilhões.

Para este ano, o banco estatal aposta em um crescimento da carteira de crédito entre 13% e 17%, menos da metade dos 40,2% do ano passado. O maior avanço deverá ocorrer nas operações para pessoas físicas, entre 23% e 25%.

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O lucro recorde no último trimestre deve-se a mudanças contábeis no cálculo de ativos e passivos dos fundos de pensão, que significaram um ganho adicional de R$ 1,318 bilhão. Com o reforço no resultado, o banco decidiu fazer uma provisão adicional de R$ 1,7 bilhão como medida preventiva para eventuais perdas da carteira de crédito decorrentes da piora do cenário econômico.

Durante 2008, o Banco do Brasil comprou R$ 14 bilhões em carteiras de crédito e operações interbancárias de outras instituições financeiras. A instituição contabilizava na sua carteira de crédito em dezembro R$ 3,8 bilhões de operações compradas de outras instituições financeiras no ano passado. Essas aquisições contribuíram para que o saldo de empréstimos às pessoas físicas chegasse ao fim do ano em R$ 48,8 bilhões, valor 52,5% acima da carteira contabilizada em dezembro de 2007.