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O Banco do Brasil incorporou, nesta sexta-feira, o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e do Besc S/A - Crédito Imobiliário (Bescri). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, em Florianópolis, de ato que alterou o objetivo da federalização das instituições. As duas não serão mais privatizadas, como previsto pelo contrato original de federalização, celebrado em 1999. Pelo novo contrato, que terá validade de 60 meses (cinco anos), o estado receberá R$ 250 milhões.Em discurso, o presidente Lula criticou as privatizações e defendeu o papel social dos bancos.

A manutenção do Besc e Bescri sob controle do setor público foi garantida com a assinatura, pelos governos federal e de Santa Catarina, de um termo aditivo ao contrato de federalização. O termo será submetido ao Senado, que terá de aprová-lo, como fez com o contrato original. Posteriormente, o Conselho Nacional de Desestatização (CND) vai propor ao presidente Lula a edição de um decreto retirando Besc e Bescri do Programa Nacional de Desestatização (PND), o que sacramentará o controle estatal das instituições. O CND é formado pelos ministros da Fazenda; Planejamento, Orçamento e Gestão; Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Casa Civil.No dia 2 de outubro, o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, disse que a área jurídica do banco está estudando a legalidade de incoporações de bancos estaduais pelo Banco do Brasil. Ele disse que o Banco do Brasil é economia mista e tem acionistas pessoa física também.

Além do Besc, o Banco do Brasil ainda estuda incorporar o o Banco do Estado do Piauí (BEP) e a compra do Banco de Brasília.

O Banco do Brasil terá até doze meses para concluir a incorporação. O prazo começará a contar a partir da contratação da última empresa encarregada de avaliar a situação econômico-financeira das instituições envolvidas na operação. Durante a cerimônia, o governo federal celebrou um novo contrato com o governo de Santa Catarina, pelo qual ficará assegurado que, depois da incorporação do Besc, o Banco do Brasil será o agente financeiro do estado. Ou seja, a instituição vai centralizar e processar toda a movimentação financeira catarinense, bem como da folha de pagamento estadual.

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