O Banco do Brasil e o suíço UBS assinaram nesta semana um memorando para lançar uma parceria na área de banco de investimentos ainda este ano. O objetivo dos futuros sócios é colocar a joint venture de pé em meados de 2020, considerando o prazo de análise por parte dos órgãos reguladores.
A tarefa não será fácil. Há diversos assuntos em discussão nas conversas que envolvem a alta cúpula do BB, incluindo o presidente Rubem Novaes, e os executivos do UBS no Brasil, como a presidente executiva Sylvia Coutinho, bem como alguns nomes do banco suíço nos Estados Unidos. Dentre os temas em aberto, estão a divisão de receitas e a estruturação da equipe, que deve incluir profissionais novos e de mercado.
Por ora, a certeza é que o UBS será o acionista majoritário, com 50,01% do negócio a ser criado, em uma estratégia de ambos para evitar as temidas amarras estatais. A ideia é constituir um banco de investimento e uma corretora que atuará no segmento institucional para atuação no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai Peru e Uruguai.
Não está previsto aporte financeiro na joint venture, segundo uma fonte. O entendimento dos sócios, ao menos até aqui, é de que as estruturas são complementares, com o BB mais desenvolvido na renda fixa e mais clientes, e o UBS mais forte no segmento de ações, com histórico de fusões e aquisições e suporte de uma rede de distribuição no mercado externo.
Além disso, a joint venture com o UBS deve permitir ao BB extinguir mais uma estatal sob o seu guarda-chuva, o banco de investimento BB-BI. Será a segunda a ser encerrada na gestão atual - antes, a BBTUR, da área de turismo, teve o mesmo destino. Na gestão anterior, o modelo previa a permanência do BB-BI, que seria a área do banco na joint venture. A gestão atual, porém, prefere encerrá-la e reduzir custos.
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