O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, afirmou nesta sexta-feira que a instituição está revisando as metas para expansão da carteira de crédito em 2011.
Questionado se a revisão é para baixo, Bendine respondeu que "com certeza."
"A projeção é que a gente deva crescer numa range (faixa) entre 15 e 17 por cento a carteira de crédito como um todo", disse Bendine durante evento no Rio.
A estimativa anterior do BB era de avanço de 17 a 20 por cento dos empréstimos em 2011.
De acordo com Bendine, as medidas macroprudenciais anunciadas pelo governo no final do ano passado para conter a oferta de crédito e segurar a inflação estão sendo sentidas pelo BB em sua carteira de financiamentos a pessoas físicas.
"Há um deslocamento da carteira de consumo mais para a carteira de investimentos e pessoa jurídica", disse.
Inadimplência
A relativa acomodação do avanço do crédito tem dado "um pouco mais de segurança" para a carteira de crédito do BB como um todo, "haja visto que nossos índices de inadimplência se mantêm constantes, sem deslocamentos para cima", segundo Bendine.
Entre os grandes bancos privados, Itaú Unibanco e Santander Brasil viram inadimplência em alta no segundo trimestre e aumentaram suas provisões para calotes. Já o Bradesco conseguiu manter estáveis seus índices de inadimplência.
"É natural que a inadimplência sempre preocupe, mas temos feito esforços e a nossa própria gestão não tem dado demonstrações de que estejamos passando por um problema mais sério no BB especificamente", afirmou Bendine.
"Tradicionalmente a gente tem a menor (inadimplência) média do setor financeiro nacional. O que eu posso antecipar, sem fornecer dados, é que nós estamos com a inadimplência sem nenhum tipo de preocupação e está controlada", completou.
O BB apresentará seu balanço de abril a junho na próxima terça-feira, dia 9, pela manhã.