US$ 50 bilhões é o valor que o capital inicial do banco do Brics , a partir do aporte de US$ 10 bilhões de cada um dos países-membros, podendo chegar a US$ 100 bilhões.
O controle do banco de investimentos do Brics (que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) será dos fundadores da instituição mesmo com entrada de novos sócios, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ao detalhar a estrutura da instituição, na VI Cúpula do Brics, Mantega apontou que já há interessados em participar do banco. "Vários países demonstraram interesse. Porém, os cinco membros fundadores terão sempre, no mínimo, 55% do capital e manterão o controle do banco".
O interesse dos países em desenvolvimento, explicou Mantega, está ligado à necessidade de capital para financiar projetos de infraestrutura. As linhas de financiamento de instituições como o Banco Mundial não são suficientes para atender aos projetos do mundo, considerando países desenvolvidos e emergentes.
Uma das diferenças do novo banco de investimento do Brics e instituições como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional é a divisão do poder. Enquanto nesses organismos o comando se divide entre americanos e europeus, no banco de fomento haverá divisão de poder igual entre os cinco países e um rodízio de quem vai comandar. "Vocês estão olhando quem vai ser o primeiro presidente, o segundo presidente. Não tem a menor importância. A importância é a participação acionária. Nesse caso, o poder é dividido igual entre os cinco países", afirmou.
Mantega destacou que a operação do banco e também o julgamento dos projetos a serem financiados será "totalmente profissional". Para se credenciar a receber os financiamentos, os países devem ter economia sólida e não serem inadimplentes.
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