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Bloco

Banco dos Brics terá US$ 28 bi do Brasil

O Brasil vai se comprometer com US$ 28 bilhões na formação do Banco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e na criação do Arranjo Contingente de Reservas (ACR). As instituições, planejadas pelo bloco, têm como objetivo ocupar parcialmente o espaço hoje do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

As duas instituições, negociadas desde 2012, começarão a sair do papel no próximo mês, na 6.ª reunião de Cúpula do bloco, em Fortaleza. O banco terá capital inicial de US$ 10 bilhões, com cotas iguais para cada um dos cinco países, e a garantia de US$ 8 bilhões a serem aportados apenas em caso de necessidade.

Os outros US$ 18 bilhões serão a reserva brasileira para o ACR, que terá o mesmo aporte de Rússia e Índia, além de US$ 5 bilhões da África do Sul e US$ 41 bilhões da China, o sócio mais rico, em um valor total que chega a US$ 100 bilhões.

A reunião de Fortaleza é a primeira de um novo ciclo dos Brics, cuja primeira reunião formal aconteceu em 2009, em Ecaterimburgo, na Rússia. O banco e o ACR são os primeiros resultados concretos de um bloco que surgiu para tentar ser uma alternativa à dominação dos países desenvolvidos das chamadas instituições de Bretton Woods, Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional.

O banco poderá financiar obras de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países que têm dificuldades de obter recursos nas instituições tradicionais. Não está definido, no entanto, se o banco poderá financiar obras em países que não participam do banco ou apenas em cotistas.

A formação do banco poderá ir além dos sócios originais. A intenção é abrir a participação a países fora do bloco.

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