O economista-chefe do Banco Mundial, Justin Lin, afirmou que a possibilidade de uma recessão econômica na zona do euro é muito alta. Embora a crise da dívida na região pareça estar contida, "há um risco real de um momento de crise como em setembro de 2008", declarou Lin, sem oferecer mais detalhes.
O economista fez as declarações durante entrevista coletiva em Pequim, após divulgar o mais recente relatório Prospectos Econômicos Globais do Banco Mundial, que prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China desacelerará para 8,4% em 2012, de 9,2% em 2011.
Segundo Lin, a China tem muito espaço para política fiscal de estímulo, tendo em vista que sua dívida soberana total é muito baixa, segundo os padrões internacionais. A dívida total do governo da China está em torno de 45% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo levando-se em consideração os empréstimos tomados pelas companhias apoiados pelos governos locais, disse Lin.
Em comparação, a dívida pública do Japão é duas vez superior ao PIB do país, enquanto a relação dívida-PIB da Alemanha é de 83%.
O economista do banco na China Ardo Hansson acrescentou que é muito cedo para ajustar os controles do setor imobiliário na China. A correção imobiliária vista até agora é resultado desejado dos controles implementados desde abril de 2010, destacou Hansson.
Os preços médios das propriedades em 70 cidades chineses cobertas pela pesquisa do governo recuaram em dezembro pelo terceiro mês consecutivo, de acordo com dados oficiais. As informações são da Dow Jones.