O Brasil, que anos atrás chegou a ser a oitava maior economia do mundo, hoje está na décima-terceira posição, segundo o informe "Indicadores do Desenvolvimento Mundial", divulgado neste sábado pelo Banco Mundial (Bird). De acordo com o novo ranking, baseado no valor do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de riquezas produzidas por um país em um ano), o G-7 - que reúne as nações mais ricas - teria, na prática, que ser modificado, pois o Canadá, que formalmente faz parte do grupo, perdeu o lugar para a China, que aparece como a quinta maior economia.
- Se levarmos em conta também o poder aquisitivo da China, esse país na verdade já é a segunda maior economia mundial, abaixo apenas dos Estados Unidos - disse Eric Swanson, que coordenou a computação dos dados.
Sem contar o G-7, outros cinco países estão acima do Brasil no ranking, pela ordem: Espanha, Canadá, México, Índia e Coréia do Sul. O estudo do Bird mostrou, ainda, que vem se acentuando a disparidade entre o Leste Asiático e a América Latina. E isso se deve, em especial, ao comércio.
Enquanto esse setor é responsável por 81% do PIB asiático, ele significa nada mais do que 52% do PIB latino-americano. "As exportações dos países latino-americanos vêm aumentando somente 4,5% ao ano desde 2000. Isso é menos de um terço do aumento das exportações do Leste Asiático", registrou o documento.
- A América Latina não cresce tanto e tão rapidamente quanto deveria porque tem uma desvantagem em relação aos países asiáticos: seu índice de exportação de produtos industrializados é bem menor - disse François Bourguignon, economista-chefe do Bird.