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Câmbio

Banco Mundial busca abrandar tensões econômicas

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, pediu nesta segunda-feira ações para abrandar as crescentes tensões sobre o câmbio e restaurar a confiança na recuperação econômica global.

Segundo ele, o crescimento lento das economias avançadas e a ameaça de bolhas de ativos em emergentes representam riscos que as autoridades financeiras globais precisam enfrentar.

A irregularidade do crescimento mundial tem levantado preocupações sobre o tipo de resposta das nações, interessadas em proteger sua competitividade comercial à medida que o dólar recua por expectativas de mais alívio monetário nos Estados Unidos.

No mês passado, o Japão interveio no mercado de câmbio pela primeira vez em seis anos, algo feito por alguns emergentes. O Brasil alertou sobre uma "guerra cambial".

"Eu não prevejo que estejamos entrando em uma era de guerras cambiais, mas claramente haverá tensões", afirmou Zoellick a jornalistas antes da reunião do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta semana.

"O dinheiro está caçando rendimento e não pode encontrar esses rendimentos nas economias desenvolvidas. Isso não está apenas elevando o câmbio em países em desenvolvimento... (mas) também está impulsionando os preços de ativos com risco de bolhas."

Zoellick acrescentou que o ritmo da recuperação global desacelerou desde maio e pode não ser rápido o suficiente para reduzir as taxas de desemprego. Por enquanto, o Banco Mundial não vê um retorno da recessão global.

"Precisamos de políticas pró-crescimento", disse. "Esse ambiente desafiador pede mais respostas concretas de política."

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