Os 186 países que fazem parte do grupo do Banco Mundial (Bird) concordaram neste domingo (25) com o primeiro grande aporte de capital da instituição em 20 anos, anunciou o presidente do banco, Robert Zoellick, em entrevista dada na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, nos Estados Unidos. Com o aumento real de capital de US$ 5,1 bilhões, o Bird contará com US$ 86,2 bilhões em capacidade de empréstimos. Do montante aprovado hoje, US$ 1,6 bilhão virá de mudanças acionárias.

CARREGANDO :)

"O Comitê de Desenvolvimento aprovou um pacote histórico de reformas, que juntas irão representar uma transformação dinâmica do Banco Mundial", disse Zoellick. "Esse capital extra poderá ser usado para criar empregos e proteger os países mais vulneráveis por meio de investimentos em infraestrutura e em pequenas e médias empresas", afirmou. Segundo Zoellick, o aporte significa que o Bird não está mais diante da possibilidade de ter que cortar empréstimos neste ano.

Além disso, o Bird anunciou ainda o aumento de 3,13 pontos porcentuais no poder de voto dos países em desenvolvimento e em transição. Com isso, o poder de voto desses países passa a representar 47,19% do total - o do Brasil passou de 2,06% para 2 24%. Segundo Zoellick, a decisão "reflete a realidade de uma nova economia global, multipolar, em que os países em desenvolvimento passam a ser peças-chave".

Publicidade