Os dois principais acionistas do PanAmericano, o BTG Pactual e a Caixa Econômica Federal (CEF), vão fazer um aporte de R$ 1,8 bilhão no banco de varejo, que pertencia ao empresário Silvio Santos. Com a operação, o PanAmericano deve mais do que dobrar seu atual patrimônio líquido, de R$ 1,3 bilhão, e ampliar seu Índice de Basiléia (que é uma referência para a expansão das operações de financiamento).

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Dos novos recursos aportados pelos sócios, R$ 940 milhões serão usados na aquisição da Brazilian Finance & Real State, companhia de investimentos imobiliários que tem como sócios o grupo Ourinvest, o megainvestidor americano Sam Zell e o fundo TPG Axon. A aquisição marca a entrada do PanAmericano no segmento imobiliário.

O restante dos recursos será injetado diretamente no PanAmericano, elevando seu poder de financiamento. A estratégia terá como foco quatro segmentos: financiamento ao consumo, crédito hipotecário, seguros e financiamento a empresas.

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Se respeitada a proporção acionária atual, o aumento de capital representaria um aporte de R$ 658,8 milhões da CaixaPar, de R$ 676,8 milhões do BTG Pactual e de outros R$ 464,4 milhões dos acionistas minoritários. Caso os acionistas minoritários decidam não acompanhar o aumento, podem ter sua participação diluída pelo aporte integral dos sócios controladores.

"Estamos vindo de um ano de arrumação. Desde o meio do ano, trabalhamos para melhorar condições operacionais e já estamos prontos para a expansão em segmentos como financiamento para empresas e vendas diretas", disse o presidente do PanAmericano, José Luiz Acar.

Entrada na área imobiliária vinha sendo estudada

Segundo ele, a entrada no segmento imobiliário estava sendo estudada desde outubro pelo banco. A aquisição da Brazilian Finance, disse ele, ajudará o banco a queimar etapas nesse projeto, como a ampliação da rede de distribuição da instituição, que passará a contar com os 88 pontos de venda da BM Sua Casa.

"Nossa perspectiva é que o financiamento imobiliário vai avançar no Brasil por alguns anos. Achamos que o Brasil tem uma carência, principalmente nos mercados de classe média e alta", afirmou ele.

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