Os dirigentes do BRDE esperam que o banco comece, ainda neste semestre, a retirar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) sem precisar que o dinheiro passe pelo BNDES. Desta forma, o spread bancário (diferença entre o valor do empréstimo e o custo de captação) cairia para investimentos de grande volume com exceção do setor agropecuário, que tem planos específicos para 1% mais a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que hoje está em 6,5%. Hoje o BNDES cobra de 1% a 4% mais a TJLP.
Segundo Carlos Frederico Marés, diretor do BRDE, a mudança também permitiria atender melhor aos pequenos e micro empresários, que muitas vezes deixam de diversificar seus investimentos por causa do BNDES. "Se uma pequena empresa quer comprar uma máquina, ela faz um projeto para o BNDES, que trata financiamentos de R$ 50 mil e R$ 50 milhões da mesma maneira. No meio do caminho, se a empresa descobre uma mesma máquina usada por um preço mais baixo, ela não pode comprar, o BNDES não permite. Conosco seria diferente. Deixaríamos a empresa comprar a máquina e usar o dinheiro que sobrou para investir em outra coisa", disse.
Para permitir que o BRDE tenha acesso ao FAT, o banco articula uma parceria com o Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), que é uma instituição de âmbito federal e pode solicitar recursos do fundo. Porém, por enquanto o BESC está na lista de bancos privatizáveis do governo federal, o que o impede de fazer este tipo de operação, segundo Marés. (MS)
- Lucro do BRDE cresce 21%, para R$ 105 milhões
-
SOS Petrobras: Nova agenda estatizante do PT cria riscos de corrupção, ineficiência e alta de preços
-
Segurança pública: estados gastam menos com armas para investir em mais tecnologia
-
“Taxad”: os impostos que já subiram desde o início do governo Lula 3
-
Sanções de Trump contra Moraes seriam possíveis, mas pouco prováveis
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast