O banco suíço UBS, um dos mais afetados do mundo pela crise dos "subprime", as hipotecas de alto risco americanas, anunciou nesta sexta-feira (3) a demissão de 2 mil pessoas no departamento de investimentos. Deste modo, a unidade de investimentos do UBS terá no fim do ano 17 mil funcionários.
"Estas medidas permitirão que nos concentremos em nossos pontos fortes, reduzir os custos a níveis mais leves e posicionar nossas principais atividades para a próxima fase de crescimento, quando os fundamentos (econômicos) melhorarem", afirmava um comunicado. A notícia é dada apenas um dia após o maior administrador de riquezas do mundo anunciar que espera um pequeno lucro no terceiro trimestre após um ano de perdas, sugerindo que a instituição começou a se recuperar mesmo em meio à crise global.
A redução de 2 mil empregos soma-se aos 4.100 cortes no banco de investimento feitos no ano passado. A incursão do banco de investimento em ativos de risco, como de hipotecas subprime dos EUA, forçou o UBS a registrar uma baixa contábil de US$ 42 bilhões, a maior já divulgada na Europa.
Uma porta-voz do UBS disse que as demissões se concentrarão nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, mas afirmou que também haverá cortes na Ásia e na Suíça. As reduções serão feitas "rapidamente" e a meta deverá ser cumprida até o final do ano.
UBS, que acumula uma desvalorização de ativos de US$ 42,5 bilhões desde o início da crise hipotecária americana, registrou prejuízo líquido de quase US$ 330 milhões no segundo trimestre de 2008.
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