O grupo UBS, maior banco da suíça, anunciou neste domingo (19) que chegou a um acordo para comprar o Credit Suisse por US$ 3,24 bilhões. As empresas combinadas serão gestoras de mais de US$ 1,5 trilhão em ativos investidos.
O UBS indicou que planeja diminuir a quantidade de funcionários do Credit Suisse, que tem cerca de mil funcionários no Brasil e 50 mil no mundo, mas não especificou a dimensão do corte.
O presidente do UBS, Colm Kellenher, disse que o novo período será "difícil para os funcionários" do Credit Suisse. "Tentaremos tornar esse período de incerteza o mais curto possível", afirmou em entrevista coletiva com membros do governo suíço.
Kellenher assegurou que após esta operação seu banco continuará "sólido como uma rocha" e que a sua estratégia nesta nova etapa será "aumentar o nosso capital". Entre os detalhes que ofereceu, Kellenher disse que reduzirá o tamanho da unidade de banco de investimento do Credit Suisse, que tem sido o que deu mais problemas nos últimos anos e que esteve envolvida em vários escândalos que mancharam sua reputação.
Esse banco de investimento "não representará mais de 25% dos ativos do banco", disse. O presidente do UBS também indicou que o Credit Suisse First Boston, banco de investimentos do banco incorporado nos Estados Unidos, continuará operando. "Estamos empenhados em fazer desta operação um grande sucesso", disse o executivo.
Em nota publicada em seu site, a UBS afirmou que "a aquisição vai fortalecer ainda mais a posição da UBS como a principal gestora de riqueza suíça, com mais de US$ 3,4 trilhões em ativos investidos combinados, operando nos mercados de crescimento mais atraentes".
Kelleher chamou a compra do Credit Suisse de "resgate de emergência". "Esta aquisição é atraente para os acionistas da UBS, mas, vamos deixar claro, no que diz respeito ao Credit Suisse, isso é um resgate de emergência. Estruturamos uma transação que preservará o valor gasto no negócio, limitando nossa exposição negativa. A aquisição das capacidades do Credit Suisse em gestão de patrimônio, gestão de ativos e serviços bancários universais suíços aumentará a estratégia do UBS de expandir seus negócios de capital leve".
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast