Os bancos brasileiros precisam melhorar a eficiência para se equiparar aos seus pares da América Latina, apesar da boa performance em diversificação de receitas e lucratividade, sinalizou a Standard & Poor's em um estudo sobre os 30 maiores bancos comerciais do Brasil divulgado na noite da terça-feira (26).
De acordo com a agência de classificação de risco, a taxa de rendimento sobre as receitas é de 29% na região latino-americana, contra 27% dos bancos no país. A S&P afirmou também que o Itaú e o Bradesco são as instituições financeiras nacionais com maior solidez diante dos riscos soberanos.
Segundo o levantamento, os bancos privados de varejo do país estão em boa posição em relação aos latino-americanos que têm avaliação "BB+/BBB-" em termos de diversificação da renda e lucratividade, mas ainda "têm o que fazer no sentido da eficiência". A relação despesas/receitas excluindo juros das entidades latinos-americanas é de 52%, frente aos 63% das brasileiras.
"A lucratividade (dos bancos brasileiros) deve continuar forte. A crescente diversificação de resultados com menor dependência de ganhos com títulos públicos deve minimizar a volatilidade dos resultados e fornecer lucros sustentáveis nos próximos anos", disse a S&P no relatório. Para a S&P, o Itaú é o banco "mais diversificado e eficiente" do país e a única entidade que se compara às latinos-americanas em termos de eficiência.
O Bradesco fica um pouco atrás do Itaú no aspecto diversidade da receita e está "rapidamente melhorando sua eficiência", conforme a agência.