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Mercados

Bancos Centrais mantêm compasso de espera diante de turbulência

Dirigentes de bancos centrais estão em compasso de espera. Eles aguardam, antes de tomar novas medidas, sinais claros sobre como as turbulências nos mercados, no mês passado, afetaram a economia, disseram neste domingo representantes das instituições.

Dirigentes de bancos centrais reunidos na cidade suíça da Basiléia, para discussões de rotina sobre a economia global, afirmaram que a estratégia de esperar para ver é a melhor no momento, dada a atual volatilidade.

A economia mundial vive fase turbulenta desde meados de agosto, quando os temores sobre o mercado imobiliário norte-americano afetou bancos e levou a vendas de papéis de risco.

O presidente do banco central da China, Zhou Xiaochuan, reassegurou que o impacto na economia chinesa tem sido "muito limitado", mas acrescentou que os efeitos nas finanças globais ainda é incerto.

"Se a economia global estiver sob sérios riscos, a China, certamente, vai sofrer algum impacto, mas isso é algo que não sabemos", afirmou ele à imprensa.

O Banco Central Europeu, o Banco da Inglaterra e o Banco do Japão evitaram elevar a taxa de juros em suas últimas reuniões, à espera de uma leitura clara sobre a reação das economias à turbulência.

Mais baixos do que o esperado, os dados sobre emprego nos Estados Unidos, divulgados na sexta-feira, levaram a uma nova rodada de quedas nas bolsas de ações e de desvalorização do dólar.

Os números consolidaram as expectativas de que o Fed, o banco central dos Estados Unidos, deve cortar os juros neste mês. O dólar atingiu o seu menor nível em 15 anos frente as outras principais moedas.

MERCADOS EMERGENTES

Em relação aos mercados emergentes, esses países se mostraram até agora resistentes à turbulência. O impacto foi limitado, quando comparado a outras ondas de instabilidade.

De acordo com economistas, uma balança de pagamentos em boa forma e o forte crescimento podem ter ajudado os países em desenvolvimento.

O presidente do banco central mexicano, Guillermo Ortiz, não quis dar entrevistas até o final das discussões, que termina na segunda-feira. "A única coisa que eu vou dizer é que, desta vez, não foi a gente", afirmou ele, rindo.

AUMENTO NA EUROPA

Investidores, contudo, ainda apostam que o Banco Central Europeu irá retomar o seu ciclo de altas dos juros, quando os mercados se acalmarem. Representantes do banco afirmaram neste domingo que o cenário econômico do bloco está mais incerto depois da turbulência, mas que esperam por mais informações para ratificar tal previsão.

"O prudente é esperar para ter uma avaliação da instabilidade atual. É por isso que não aumentamos a taxa. Depois da avaliação, decidiremos", declarou o presidente do banco central espanhol, Miguel Angel Fernandez Ordonez.

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