Curitiba Quem procurou uma agência bancária ontem para investir nos Papéis Índice Brasil Bovespa (PIBB) provavelmente não conseguiu fazer a aplicação. A reabertura de reserva de cotas da carteira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) começou ontem, porém sem muita divulgação. Em Curitiba, nos principais bancos onde os clientes podem optar pela aplicação em fundos de investimento nem atendentes nem gerentes tinham informações consistentes e sobravam dúvidas nos dois lados do balcão.
Nas agências dos bancos Real, Banco do Brasil e Unibanco, no centro de Curitiba, os funcionários ainda não tinham detalhes sobre a nova possibilidade de aplicação. No Itaú, as informações eram poucas e imprecisas. No HSBC, segundo umas das gerentes, o fundo só será oferecido a partir do dia 15.
O investimento reproduz o índice Brasil 50 (IbrX-50) da Bovespa, que reúne as 50 ações mais negociadas na bolsa, ponderadas por seu valor de mercado. Esta é a segunda oferta do PIBB. A primeira foi feita em julho de 2004 e atraiu cerca de 25 mil investidores de varejo (pessoas físicas).
Nessa edição, o prazo para reserva das cotas termina no dia 14 de outubro. "Em vez de duas semanas, desta vez vamos deixar a oferta aberta durante cinco semanas, para que o investidor conheça o produto e tome a decisão de investir", afirma o superintendente da área de Mercado de Capitais do BNDES, Fábio Sotelino.
Conforme explica o diretor geral da C&D Corretora de Valores, Antônio Peixoto Cherem, as cotas do PIBB podem ser negociadas diretamente na bolsa, como ações, ou por meio de fundos de investimento. "Essa é uma boa opção de aplicação principalmente para pequenos investidores, sem muito conhecimento do mercado", sugere. "Normalmente ela tem uma boa valorização a variação da cota do ano passado chegou a 54% na semana passada e o investidor ainda tem a garantia de não perder dinheiro."
Nessa segunda versão, o BNDES ampliou a parcela assegurada de R$ 25 mil para R$ 50 mil. Ou seja, mesmo que as ações caiam, o comprador tem o valor investido assegurado pois o banco recompra as ações pelo preço nominal. O prazo para usar esse seguro encerra no último dia útil de dezembro de 2006.
Ao todo, o BNDES vai ofertar cerca de R$ 1,2 bilhão. Deste total, R$ 800 milhões serão preferencialmente alocados para o investidor de varejo. Via corretoras, o aporte mínimo é de R$ 1 mil e o máximo R$ 500 mil. Neste caso, segundo o gerente da corretora Concórdia, Odisnei Antônio Bega, o investidor paga uma taxa de custódia mensal de cerca de R$ 5,40, cobrada pela Bovespa. Via clubes ou fundos de investimentos, o valor mínimo é de R$ 300. "Neste caso, existe a taxa de administração, cujo limite será de 1,5%", explica.
Segundo o BNDES, a demanda será atendida conforme a ordem dos pedidos. Caso os R$ 800 milhões não sejam suficientes, haverá um rateio. Neste caso, quem investiu até R$ 15 mil terá a compra das ações garantida. Depois, o valor será distribuído proporcionalmente entre os investidores, de acordo com o tamanho de suas demandas. Para os investidores institucionais, o BNDES vai ofertar pelo menos R$ 400 milhões.
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