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Financiamento

Bancos devem impor valor mínimo para consignado

Além de já terem aumentado os juros para empréstimos consignados com prazos curtos de pagamento devido ao teto de 2,9% ao mês fixado pelo governo para as taxas, boa parte dos bancos brasileiros estuda agora manter somente linhas de crédito com prazos mais longos e cortar a concessão de empréstimos com valores muito baixos.

A informação é do diretor da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), que reúne instituições financeiras de pequeno e médio porte, Renato Oliva, que admite que o teto fixado pelo governo para empréstimos a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social) levou os bancos a reavaliarem os produtos oferecidos.

O Conselho Nacional de Previdência Social impôs esse teto com o objetivo de baratear as taxas cobradas dos aposentados e evitar abusos para uma modalidade de crédito que oferece menor risco, como o consignado. A reação imediata dos bancos, entretanto, foi elevar as taxas de empréstimos curtos – que muitas vezes ficavam abaixo de 2,9% – para compensar a imposição do teto. Agora o risco é de alguns produtos sumam do mercado. "E isso não é bom para o aposentado, que deveria emprestar o quanto quisesse para pagar quando quisesse, mas os bancos não terão opção", disse Renato Oliva.

Ele considera prejuízo para o banco um empréstimo que será pago em até 12 meses. "Os bancos que buscam resultados vão criar restrições. Outros, com interesses na fatia do mercado, vão arcar com o prejuízo e um terceiro grupo vai segurar o prejuízo por alguns meses, para conquistar o mercado"

Para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a partir de julho o número de operações de crédito consignado deve apresentar desaceleração. "O custo dessas operações é fixo e diluído no número de parcelas. Se o juro é fixado em 2,9%, não vai compensar para alguns bancos ter a operação a curto prazo", disse Johan Albino Ribeiro, assessor jurídico da Febraban.

Quando divulgou o teto para os juros, o governo informou que a medida valeria por dois meses e que depois de avaliar seus impactos no mercado poderia divulgar alterações.

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