Os bancos do Chipre vão reabrir suas portas ao público na quinta-feira (28), pela primeira vez desde o dia 16 de março, anunciou o Banco Central do país. O horário de funcionamento será de 12h às 18h locais (7h às 13h de Brasília) para o público, e a partir das 9h (4h de Brasília) para os funcionários. As operações bancárias contam com uma série de restrições, que por enquanto terão uma duração de quatro dias, cujos termos serão revisados, informou Yangos Dimitriu, gerente do Banco Central, que acrescentou que as medidas estão pendentes de uma aprovação legal definitiva.
Por enquanto, não será possível sacar mais do que 300 euros por dia e também não será possível trocar cheques, sendo que eles poderão ser depositados; os pagamentos com cartão de crédito não estarão limitados dentro do país. No exterior, estarão proibidos os pagamentos e transferências através dos cartões de crédito, débito ou de pré-pago superiores a 5 mil euros mensais.
Além disso, está proibido tirar mais de 3 mil euros do país, seja mediante transferência bancária ou fisicamente, embora serão permitidas certas exceções. Ficam isentos dessas limitações todos os pagamentos de salários.
Não haverá restrições ao pagamento de faturas por importações, sempre e quando seja apresentada a devida documentação; às transferências para cobrir a despesa de estadia de estudantes no exterior, com um limite de 5 mil euros trimestrais, e ao pagamento a funcionários cipriotas expatriados.
No documento que acompanha o decreto, é possível ver, além disso, que as restrições serão aplicadas a todas as contas, independentemente da moeda em que tenham sido abertas. O documento afirma, além disso, que está poribido antecipar o cancelamento de contas a prazo fixo antes de seu vencimento.
Todas as pessoas e empresas estabelecidas no Chipre deverão ingressar em algum banco com sede na ilha e no prazo de duas semanas todos os ingressos resultantes da exportação de bens ou da venda de propriedade privada em solo cipriota.
O Governo e o Banco Central cipriotas ficam eximidos de todas as medidas. Dimitriu pediu calma e afirmou que não há necessidade alguma que "todos corramos a nossos bancos". "Acho que não vamos ter maiores problemas e que superaremos tudo bem", disse.
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