Bônus durante a crise chegaram a US$ 1,6 bi
Agência Estado
Kenneth Feinberg, o responsável pelos pagamentos do Programa de Recuperação de Ativos Problemáticos do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos (Tarp), anunciou ontem que 17 grandes instituições financeiras norte-americanas fizeram pagamentos "mal recomendados" de US$ 1,6 bilhões em salários e bônus para altos executivos entre o fim de 2009 e o começo de 2009, no auge da crise financeira.
Ele criticou a "falta de motivo razoável" para os pagamentos, mas disse que não vai buscar uma restituição, argumentando que isso poderia levar a ações judiciais e a mais investigações do Congresso.
As empresas citadas são Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Citigroup, American Express, AIG, Bank of America, Boston Private Financial Holdings, Capital One Financial, CIT Group, M&T Bank, Regions Financial Corp., SunTrust Banks, Bank of New York Mellon, Morgan Stanley, PNC Financial Services Group, US Bancorp e Wells Fargo.
Sete instituições bancárias da Alemanha, Espanha e Grécia foram reprovadas pelo maior teste de estresse do sistema financeiro (simulação de cenários adversos para testar a saúde dos bancos) já realizado pela União Europeia (UE), cujo resultado foi divulgado ontem. O resultado fica dentro dos prognósticos esperados pela maior parte dos analistas, que estimava em cerca de 10% o número de fracassos, pouco acima dos 7,6% registrados pelas autoridades de Bruxelas. Muitos especialistas levantaram dúvidas, porém, sobre o rigor dos testes.A prova de resistência, aplicada pelo Comitê Europeu dos Controladores Bancários (CEBS), envolveu 91 bancos que representam 65% do mercado do bloco e indica que recapitalizações da ordem de 4 bilhões de euros podem vir a ser necessárias. Bancos dos 16 países da zona do euro, além do Reino Unido, da Polônia, da Hungria, da Suécia e da Dinamarca participaram da avaliação, que teria seguido os critérios das provas realizadas em 2009 nos Estados Unidos, de acordo com o comitê. Sem surpresas maiores, a avaliação apontou o banco alemão Hypo Real Estate (HRE), cinco caixas econômicas da Espanha Cívica, Cajasur, Unnim e Espiga y Diada e o banco ATEbank, da Grécia, como os mais frágeis do bloco. Prognósticos preliminares sobre o estado das finanças das sete empresas indicam que elas precisariam reforçar seus caixas entre 3,5 bilhões e 4 bilhões de euros.
A boa notícia trazida pelo teste é que todos os grandes bancos do continente passaram sem sobressaltos. HSBC, Santander, BNP Paribas, Crédit Agricole, ING, Société Générale e Royal Bank of Scotland (RBS) não foram ameaçados nem nos cenários mais rigorosos, como o elaborado pelo banco JP Morgan.
Horas antes da revelação dos dados, parte dos analistas, como Pierre-Antoine Dusoulier, presidente do Saxo Banque France, se mostrava cética em relação ao rigor da prova. "As informações que circulam nos bancos levam a pensar que o teste de estresse privilegia o marketing de um resultado satisfatório em relação a uma real e sólida verificação técnica", afirmou.
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