Os bancos brasileiros fecharam 200 agências no ano passado, somando 22,9 mil unidades na comparação com o total de 23,1 mil de 2014, conforme dados do Banco Central publicados nesta terça-feira, 31, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Além de ser a primeira queda nos últimos anos, considerando que o total corresponde a 17 bancos responsáveis por 96% da rede física no Brasil, o segmento retornou ao patamar de 2013 em número de agências.
Gustavo Fosse, diretor setorial de tecnologia e automação bancária da Febraban, explicou, em coletiva de imprensa, nesta manhã, que a redução das agências físicas assim como a vista em correspondentes bancários e postos de atendimento (PABs) reflete a conjuntura econômica do País, as estratégias de cada banco e também a preferência dos clientes que têm recorrido mais fortemente aos canais digitais. “Apesar do ajuste no ano passado, os meios físicos se mantêm muito relevantes. Não vejo como uma tendência, mas como um ajuste”, afirmou ele, a jornalistas.
De acordo com o diretor da Febraban, o ritmo de abertura ou fechamento de agências será ditado pelos próprios clientes. No entanto, os bancos, na sua opinião, têm preferido manter a rede física, mas alteraram o seu perfil, principalmente, nos grandes centros, com foco mais no perfil consultivo e operações mais customizadas como, por exemplo, o financiamento imobiliário. “Seria ruim automatizar isso também”, destacou, acrescentando que há ainda serviços e produtos que não contam com regulamentação para serem automatizados em canais digitais.
PABs e PAEs
Assim como o número de agências, a quantidade de PABs e de postos de atendimento eletrônico (PAEs) reduziram em quase 11% no ano passado, para 45,5 mil contra 51,0 mil em 2014, de acordo com a pesquisa da Febraban.
Apesar da queda no número absoluto de agências físicas, a distribuição regional, conforme a Febraban, permaneceu estável no ano passado. A região Sudeste permaneceu com a maior rede física, de 12,1 mil agências e participação de 52%. Na sequência, ficou o Sul com 4,3 mil unidades e fatia de 19%. Nordeste permaneceu na terceira colocação com um total de 3,6 mil agências e participação de 16%, seguida do Centro-Oeste (1,8 mil e 8%) e Norte (1,1 mil e 5%).
Transações bancárias em canais móveis saltam 138% em 2015
As transações bancárias por meio do mobile banking, que inclui celulares e tablets, cresceram 138% no ano passado, totalizando 11,2 bilhões de operações ante 4,7 bilhões em 2014, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Com tal desempenho, a participação desse canal no total das operações mais que dobrou, de 10% para 21%, galgando a segunda posição, atrás apenas do internet banking, com 33%.
“A tendência é de aumento forte do uso do mobile banking. Prova disso é o crescimento de pessoas no Brasil com smartphone, que atingiu 40% no ano passado e a expectativa é chegar 65% em 2020 no Brasil e no mundo”, ressaltou Gustavo Fosse, diretor setorial de tecnologia e automação bancária da Febraban, em coletiva de imprensa, nesta manhã.
Segundo ele, ainda que tenha tido forte crescimento no ano passado, não é possível afirmar que o desempenho de 2016 será suficiente para que o mobile banking ultrapasse o canal de internet banking neste ano. Acrescentou, contudo, que em alguns bancos essa mudança já ocorreu com os dados deste exercício. Sem citar nomes, disse apenas ser um “grande banco”.
Em todo o ano passado, o setor bancário realizou 54 bilhões de transações, aumento de 12,5% em relação ao total de 48 bilhões operações realizadas em 2014, conforme dados da pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, publicada hoje. O estudo, feito este ano pela Deloitte, teve a participação de 17 bancos, que respondem por 93% dos ativos do setor bancário no País e utilizou os dados do Banco Central.
Juntos, os canais de mobile banking e internet banking responderam por mais da metade do total das operações bancárias realizadas no ano passado, para 54%, conforme a Febraban. Neste contexto, as contas correntes com internet banking aumentaram de 56 milhões em 2014 para 62 milhões no ano passado.
De acordo com Fosse, além do investimento dos bancos nos canais digitais, a conveniência e a cultura dos clientes têm impulsionado as operações nesses meios. Contribui ainda, conforme ele, o maior acesso à internet, hoje, disponível para 56% da população.
Como reflexo do maior uso dos canais móveis, o número de transações no internet banking, que ainda lidera no total das operações, reduziu de 18 bilhões em 2014 para 17,7 bilhões. Sua fatia passou de 37% para 33%. Nos caixas eletrônicos (ATM, na sigla em inglês), as operações ficaram praticamente estáveis ao redor dos 10 bilhões. Nas agências bancárias, foram 4,4 bilhões no ano passado ante 4,9 bilhões em 2014, com a participação caindo de 11% para 8%.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast