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Sistema financeiro

Bancos lucram R$ 10,9 bilhões no 1.º trimestre

Confira o lucro dos cinco maiores bancos do Brasil, no primeiro trimestre de 2011 |
Confira o lucro dos cinco maiores bancos do Brasil, no primeiro trimestre de 2011 (Foto: )

Os cinco maiores bancos brasileiros atingiram, juntos, a marca de R$ 10,9 bilhões de lucro no primeiro trimestre deste ano, um novo recorde para o setor no país. O resultado consolida um ciclo de dez anos de expansão, de acordo com estudo da agência de classificação de risco Austin Rating.

Em 2000, o resultado conjunto dos maiores bancos no país foi de R$ 1,5 bilhão – quase a metade do que o Banco do Brasil lucrou sozinho entre janeiro e março deste ano. O resultado do setor neste primeiro semestre representa um acréscimo de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo o levantamento, nos últimos dez anos, o lucro consolidado dos maiores bancos do país apresentou resultados negativos apenas no primeiro trimestre de 2009, como consequência da crise econômica internacional. Ainda assim, os bancos retomaram a trajetória positiva no semestre seguinte, consolidando uma forte retomada em 2010.

O melhor resultado no primeiro trimestre, em termos nominais, foi do grupo Itaú Unibanco, com lucro de R$ 3,5 bilhões, resultado que representa um avanço de 9,1% sobre o primeiro trimestre de 2010. O Banco do Brasil, o maior do país em ativos (R$ 866 bilhões), lucrou R$ 2,9 bilhões entre janeiro e março deste ano, resultado 24,7% acima do registrado em igual período do ano passado.

De acordo com o professor de Macroeconomia e Cenários Econômicos dos cursos MBA da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis (Fipecafi), Silvio Paixão, mesmo com os números expressivos, o setor bancário brasileiro ainda tem espaço para registrar novos recordes com base na concessão de crédito.

"Os bancos brasileiros ganham muito dinheiro diante da base de crédito que têm. Inevitavelmente haverá um período de adaptação em que o spread vai cair e o lucro do setor vai estar ligado mais ao crédito do que a tesouraria ou tarifas", avalia.

Segundo ele, as operações de crédito ainda têm um valor médio considerado baixo. "O mercado imobiliário, por exemplo, representa apenas 1% da carteira. Os bancos vão passar a financiar o crescimento econômico, e não apenas consumo. Isso vai aumentar a participação do crédito em investimentos, capital de giro e ampliar no mercado imobiliário, descentralizando a participação da Caixa Econômica neste segmento", prevê.

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