Apesar de uma lei municipal de 2008 obrigar as agências e postos bancários de Curitiba a instalarem um biombo, separando os clientes que esperam pelo atendimento dos que já estão nos guichês, hoje, quase dois anos depois, poucos bancos se adequaram à norma. O vereador Paulo Froti, autor da lei, explicou que intenção é que os clientes tenham um atendimento reservado, o que implicaria em maior segurança, principalmente para os que fazem saques em dinheiro nos caixas.
Segundo Froti, não há uma fiscalização efetiva por parte da Prefeitura. Além disso, os bancos não teriam se adequado à lei em função do baixo valor da multa que é aplicada como pena pelo descumprimento da norma. Se fosse uma multa bastante elevada, eu acredito que as agências estariam todas adaptadas. Como é uma multa que começa em torno de R$ 500, não causa tanto temor aos bancos", avaliou o vereador, em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC TV.
A reportagem do telejornal fez imagens no interior de agências bancárias, mostrando que os clientes que estão sendo atendidos nos caixas ficam sob os olhares das pessoas que aguardam na fila. Com isso, os bandidos conseguem ver quem efetua saques nos caixas.
No caso mais recente, o vendedor Valmir Lara da Silva (40) foi morto, após ter sacado R$ 10 mil em um banco de Curitiba. As imagens das câmeras de segurança, mostram que os bandidos estavam dentro da agência e monitoraram toda a ação da vítima, desde o saque e contagem do dinheiro até a saída do banco.
Há seis meses, José Niczay Sobrinho (50), dono de um restaurante em Curitiba, foi morto depois de sacar R$ 3 mil em uma agência. Apesar de as imagens de segurança dos bancos mostrarem que os suspeitos acompanharam toda a movimentação da vítima dentro do banco, até hoje ninguém foi preso. Em março de 2008, a pró-reitora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Maria Martineli de Oliveira, foi assassinada quando chegava em casa, depois de ter sacado dinheiro em um banco.
