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união europeia

Bancos precisam ser fortalecidos, dizem ministros

Os ministros europeus das Finanças concordaram neste sábado (17) que os bancos da região precisam ser fortalecidos após um relatório ter dito que a crise "sistêmica" ameaça um novo colapso do crédito.

"Chegamos à conclusão de que precisamos tornar nosso sistema financeiro mais robusto", disse a ministra da Economia da Espanha, Elena Salgado, após o encontro de ministros das Finanças da União Europeia na cidade polonesa de Wroclaw.

"Há um consenso de que seria bom para as nossas instituições financeiras que elas fortalecessem o capital de modo a cumprir com as regras de Basileia III e possam enfrentam qualquer eventualidade", completou.

Entretanto, o acordo não significa que os bancos europeus venham a receber uma grande injeção de capital dos cofres públicos. Na verdade, é mais um reconhecimento do resultado dos testes de estresse feito em julho nos bancos.

Os testes mostraram uma necessidade de apenas 6 bilhões de euros pelos bancos --montante que, na opinião de muitos investidores, pode crescer muito caso a crise piore.

Os bancos europeus têm encontrado dificuldades para tomar crédito em dólares diante do medo de um possível calote da Grécia e do efeito disso sobre as contas das instituições.

"Da nossa perspectiva, nós vemos uma necessidade clara de recapitalização dos bancos", disse o ministro das Finanças da Suécia, Anders Borg, na saída do encontro.

"Eu acho que o FMI (Fundo Monetário Internacional) deixou isso bem claro. O sistema bancário europeu precisa de bases melhores, e isso basicamente é uma questão de capital".

Alguns tentaram acalmar a preocupação com os bancos.

"A situação geral dos bancos europeus é estável", disse Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogroup, grupo de ministros das Finanças da zona do euro.

"Todos os instrumentos estão colocados para haver a certeza de que o sistema financeiro continua a funcionar de modo apropriado", disse o ministro das Finanças de Luxemburgo, Luc Frieden.

Os ministros também discutiram um imposto sobre transações financeiras, como uma alíquota sobre a negociação de ações sugerida por Alemanha, França e Áustria, mas a ideia não teve apoio amplo.

"Não há uma posição em comum sobre um imposto de transações financeiras na Europa. Nós só começamos o debate sobre isso, e não há decisão", disse o comissário europeu para Mercado Interno, Michel Barnier.

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