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Bancos preveem aperto no crédito

Levantamento do Banco Central feito com 46 instituições financeiras indica uma percepção de que a oferta de credito no quarto trimestre de 2011, em praticamente todos os segmentos, será menor do que antecipavam para o terceiro trimestre na sondagem anterior. Pela projeção de 22 instituições, responsáveis por 94,1% da carteira de grandes empresas, haverá uma redução na oferta de crédito no quarto trimestre.

O indicador, que mostra uma média da avaliação dos bancos, vai de -2 (percepção de retração forte) a 2 (crescimento forte), sendo que 0 significa expectativa de estabilidade nas condições. O índice que mede a oferta neste segmento passou de -0,45 no terceiro trimestre para -0,77 nos últimos três meses do ano. O índice que mede a perspectiva de aprovação de financiamento também aponta para um cenário mais restritivo, recuando de -0,05 para -0,27.

Já a expectativa para o setor de micro, pequenas e médias empresas, segundo projeção de 40 instituições (90,5% da carteira), é de aumento moderado na demanda por crédito. O índice avançou de 0,50 para 0,73 entre o terceiro e o quarto trimestre. Mas a oferta de crédito será mais seletiva, com o índice passando de -0,38 para -0,70.

No caso do crédito para pessoa física voltado ao consumo, é esperada uma melhora das condições de demanda e na aprovação de financiamentos, mas no quarto trimestre a oferta de crédito deve diminuir mais do que se esperava anteriormente. Segundo projeção de 17 instituições financeiras, responsáveis por 96,6% do total da carteira de credito ao consumo, o índice de oferta passou de -0,29 para -0,35. A exceção é o crédito habitacional, que deve continuar mostrando expansão significativa, de acordo com oito instituições consultadas pelo BC, responsáveis por 99,7% do mercado. O índice que mede a oferta passou de estabilidade para 0,13.

Cheques sem fundos

O índice de cheques devolvidos em outubro em todo o país subiu 0,1 ponto porcentual em relação a setembro e chegou a 1,92%, informou ontem a Serasa Expe­rian. Houve aumento também na comparação com outubro de 2010, quando foi devolvido 1,56% do total dos cheques emitidos. No acumulado do ano até outubro, o porcentual de devoluções atingiu 1,92%, ante 1,78% no mesmo período de 2010. O maior porcentual verificado em 2011 ocorreu em março (2,13%).

Para a empresa de informações econômicas, o total de cheques sem fundos apresentou alta em outubro em razão do Dia da Criança, quando as promoções tiveram como alvo a primeira parcela do 13.º salário. Roraima foi o estado com maior porcentual de cheques devolvidos até outubro deste ano (12,15%), enquanto São Paulo foi o que teve menos papéis sem fundos (1,44%). O Paraná, com 1,63%, ficou abaixo da média nacional.

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