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Bancos públicos reajustaram tarifas acima da inflação

Bancos públicos e privados têm estratégias opostas na política de tarifas. Estudo da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda mostra que as instituições financeiras controladas pelo governo aumentaram o preço médio do chamado "pacote padronizado" de conta corrente para pessoa física em 9,2% entre maio de 2008 e julho de 2009. No mesmo período, bancos privados foram na direção contrária e cortaram o valor em 23,6%. O reajuste promovido pelos bancos estatais superou, inclusive, a inflação do período, de 6,47%.

Segundo o estudo da Seae, os bancos cobravam, na média, R$ 14,96 por mês nesse pacote de serviços básicos. Dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) mostram que atualmente as duas principais instituições financeiras públicas praticam valor superior à média registrada no estudo: Banco do Brasil cobra R$ 17,00 e a Caixa Econômica Federal, R$ 15,00. Nesse pacote, estão previstos oito saques, emissão de quatro extratos do mês corrente e quatro transferências entre contas da própria instituição, entre outros itens. Essa é a cesta de serviços mais usada pelas pessoas físicas.

Isoladamente, a tarifa dos bancos públicos que mais subiu nesse período foi a cobrada no fornecimento de folhas de cheque. Entre maio de 2008 e julho de 2009, o preço desse serviço saltou em 33,3%, passando de R$ 0,89 para R$ 1,18 por folha emitida. No mesmo período, os bancos privados cortaram o valor em 4,3%, de R$ 1,53 para R$ 1,47. Ou seja, mesmo com a queda nos custos cobrados pelos bancos privados, os bancos públicos ainda têm preço menor nessa tarifa.

O estudo de 25 páginas da Seae observa que, apesar de a tarifa básica dos públicos ter subido nos últimos meses, essas instituições ainda têm preços menores que os concorrentes privados. "Computando separadamente as tarifas médias cobradas nos bancos públicos e privados, fica evidente que os bancos públicos cobram preços mais baixos que seus concorrentes privados para a maioria dos serviços", destaca o texto. No estudo, dos 32 serviços considerados prioritários, 21 têm preço médio menor nos públicos na comparação com os privados.

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